… e sobre o blog também!

Leandro “Belmonteiro” da Silva Monteiro é um aspirante a escritor, nascido em Volta Redonda e que, por algum motivo, gosta de falar de si mesmo na terceira pessoa. A história do Backlogger começa – não do blog, exatamente, mas dos eventos que levariam até ele – em 2019. Então senta que lá vem história!
Jogos fazem parte da minha vida desde que meu pai chegou em casa com um console no meu aniversário de 3 anos. Às vezes eu lembro como um Master System e outras vezes como um Dynavision. Contudo, naquele momento, o vídeo game não era muito diferente de qualquer outro brinquedo que eu tinha. Eu me divertia com uns joguinhos, porém ainda não existia uma conexão mais forte com a mídia. Isso começou a acontecer no ano seguinte quando minha mãe comprou um computador humildão aqui para casa.
Meses depois eu ganhei um CD de Claw, um jogo de plataforma cujo protagonista era um gato pirata antropomórfico. Apesar de nunca tê-lo zerado, Claw foi o título responsável por me fazer gostar de jogos. Daquele dia em diante eu passei a criar cada vez mais interesse por vídeo games, algo que se manteve por toda minha infância, passou pela minha adolescência e segue firme e forte na minha vida adulta.
Então veio o fatídico ano de 2019. Este foi um período no qual me vi acometido pela percepção que não dava mais para eu acompanhar os vídeo games. Pelo menos não em relação a lançamentos. Eu estava há um pouco mais de um ano desempregado, tendo me formado no final de 2017. Ou seja, eu já tinha desistido da possibilidade de ter um console da geração vigente. Até mesmo porque já tinha abandonado os consoles desde o PlayStation 2 para me converter ao pc gaming. Também tinha desistido de atualizar meu computador para conseguir rodar os jogos mais modernos.
Como eu não queria abandonar os vídeo games por completo, decidi me dedicar ao retro gaming através dos emuladores. Assim, passei a revistar alguns jogos que fizeram parte da minha infância, bem como explorar aqueles que conheci só por nome. Foi também nesse período que eu desenvolvi um interesse maior pelos jogos indies, como Paper, Please e Salt & Sanctuary. que se tornaram alguns dos meus favoritos. Enquanto eu jogava eu percebi que crescia dentro de mim uma grande vontade de falar sobre esses jogos. Nesses meses meu caro amigo de faculdade, Alex, sofreu comigo alugando a orelha dele para que alguém ouvisse as minhas divagações sobre Silent Hill 4 e Castlevania. Para tirá-lo da sua miséria, eu cometi um crime: criei uma conta no Twitter!
Uma nova conta, na verdade. Eu já tive um perfil eras atrás, mas tinha saído porque não aguentava a plataforma. Continuo não aguentando, mas agora eu tenho um motivo para ficar por lá. Então foi aí que nasceu o Belmonteiro, um trocadilho com meu sobrenome que eu achei uma boa de se fazer dada a quantidade de jogos de Castlevania que zerei naquele período.
Algo que preciso mencionar é que eu sempre gostei de escrever. Quando eu era criança fiz umas historiazinhas que hoje podem parecer bobas, porém me fizeram tomar gosto por essa arte e também exercitaram a minha imaginação. Durante a faculdade eu até tentei escrever um livro, porém esse espírito foi esmago entre provas e o temível TCC. Logo, entrar de vez numa plataforma de microblog reviveu minha vontade de por meus pensamentos no papel.
Entre as minhas palpitagens sobre a cultura pop, acabei criando o hábito de escrever threads com pequenas e rápidas análises de jogos. Mais meses se passaram, eu finalmente consegui um trabalho de meio período e continuei ativo no Twitter. Então cometi outro crime: criei uma SEGUNDA conta no site. Eu ainda lembro do nome, “apenas uma página para recomendar jogos antigos”, um perfil gimmick para ficar citando um jogo antigo de vez em quando.
Só que aí eu me vi afeiçoando cada vez mais a conta secundária e, eventualmente, poassei a migrar as “threads review” para lá. Por não ter paciência de gerenciar dois perfis, decidi extinguir o Belmonteiro e então nasceu a Estação 96. Eu não lembro mais a razão do nome, mas sei que a parte do 96 era o ano em que eu ganhei o meu primeiro console. Esse perfil também “morreu” porque eu estava soando cada vez mais impessoal, então revivi o Belmonteiro e fiz dele a minha persona online que mantenho até hoje.
Mas vamos voltar aos meus tempos como Estação 96. Eu continuei fazendo minhas threads, palpitando sobre jogos, conhecendo umas pessoas legais e uns gamers também. Algumas dessas pessoas que eu conheci também criam conteúdo sobre vídeo games e outras mídias e tenho listado elas na página de Recomendações do site. Foi então que percebi que aquelas threads não saciavam mais a minha vontade de falar sobre esses joguinhos. A limitação de caracteres do Twitter era muito frustrante e assim eu acabei fazendo um perfil no Medium para publicar textos mais longos. Hoje ele está abandonado, mas volta e meia piso lá para pegar algum texto e trazê-lo para cá.
Passei a tomar gosto por escrever artigos, críticas, ensaios, etc; e isso renovou a minha paixão pela escrita que a faculdade tinha conseguido extinguir. Acho que fiquei um ano e pouco escrevendo no Medium até que em 2022 aconteceu o evento derradeiro que culminaria no Backlogger.
No final de 2020 minha sorte mudou e eu enfim consegui um emprego depois de ficar me ocupando dois anos num mestrado (que até hoje não me serviu para muita coisa). Passei a trabalhar empresa de desenvolvimento de software como assistente administrativo e, por se tratar de uma equipe bem pequena, eu respondia diretamente ao dono da empresa. Meu chefe me repassava todas as coisas que ele não queria fazer ou que não tinha alguém melhor para delegar.
Um belo dia ele chegou e disse que teve a ideia de criar um blog para a empresa. Mas, obviamente, ele não queria a responsabilidade de manter o site. Assim meu chefe me apresentou ao WordPress, uma plataforma que facilita a criação de websites, para que eu fosse o encarregado da administração do blog. Passei a semana seguinte me familiarizando com o WordPress, aprendendo como fazer e publicar postagens, alterar o tema, instalar plugins e ter uma noção bem básica de SEO. Ao fim daquele período uma lâmpada acendeu na minha cachola.
Já fazia um tempo que eu queria sair do Medium. Não porque a plataforma seja ruim, pelo contrário, acho que não tem um lugar melhor para publicar textos independentes do que lá. A questão é que eu queria ter a chance de monetizar os textos que eu publicava há dois anos e infelizmente o Medium não oferecia essa possibilidade para escritores que não tivessem uma certa quantidade de seguidores. Pensei em criar um blog na velha plataforma do Blogger, porém ao pesquisa vi que ela tinha ficado muito antiquada e era muito difícil modernizar um site se você não tivesse conhecimentos de web design. Conhecendo agora a WordPress, tanto na extensão .com quanto na .org, eu vi que ela apresentava uma saída melhor pra mim.
Já imaginava que para ter um site eu ia ter que desembolsar alguns dígitos do meu bolso e por isso vinha juntando dinheiro há algum tempo. Mas para não me afobar, decidi fazer um período de experimentação. Durante dois meses eu fiquei no WordPress.com porque ele permitia ter um site gratuito, embora severamente limitado. Ali eu criei o Belmonteiro’s Backlog, que não adianta vocês pesquisaram porque já o privei. Fui aprendendo a mexer um pouco mais na plataforma e vi que mesmo com as minhas poucas habilidades daria para fazer algo funcional. Então em janeiro de 2023 eu decidi investir um dinheirinho no WordPress.org e assim nasceu – finalmente – o Backlogger.
Eu dei mais alguns detalhe dessa história no primeiro texto original desse site, então acho que já podemos parar por aqui. Para finalizar, pretendo estender essa jornada de blogueirinho por algum tempo afim de continuar publicando meus textos e quem sabe no futuro conseguir uma base fiel de leitores (e dinheiro também seria bem-vindo!). Continuo não sendo muito atualizado nos jogos do momento e meus textos, em geral, tratam sobre jogos com alguns anos de idade. Porém, vez ou outra eu consigo falar de algo mais recente e também cubro outras áreas de interesse minhas como cinema, séries de TV, mangás, etc.
Era SÓ isso que eu tinha para falar. Quem quiser entrar em contato comigo pode fazer pelo e-mail ou formulário do blog. Obrigado e até mais!