O redemoinho da intolerância: porque alguns gamers pioraram

Semana passada tivemos o episódio do youtuber gamer Zangado vergonhosamente surtando por causa de uma NPC. Como eu já disse várias vezes aqui que sou enxerido, fui acompanhar as reações ao trecho que viralizou. Alguns comentários diziam que o Zangado “só disse verdades”, enquanto as pessoas normais riram do ataque de pelancas. Nesse grupo eu reparei que algumas delas diziam que esse comportamento do Zangado não é de agora e que ele sempre foi desse jeito. Também encontrei outras pessoas compartilhando trechos de vídeos antigos dele que, até certo grau, confirmavam essas afirmações. Só que eu discordo dessa parte do “sempre”.

Os comentários misóginos e mentalidade de adolescente revoltadão estavam de fato nos primórdios do canal. Porém era algo bem típico da mentalidade dos anos 2000 e início de 2010. Inclusive meu texto sobre O Vagabundo, antigo jogo de comédia do RPG Maker, aborda isso. Só que ainda entramos em dois pontos. Primeiro, estamos em 2023 e aparentemente a mentalidade “hétero top” do Zangado não mudou muito. Segundo, por mais escrotos que os comentários fossem eles ainda não chegavam ser ao nível do surto que ele deu com Remnant 2, projetando inseguranças em cima de uma NPC que apenas deu uma resposta atravessada. O que a gente viu naquele trecho foi Zangado regurgitando o mesmo discurso reacionário de internet com requintes de paranoia.

Portanto a minha opinião é que não, o Zangado nem sempre foi desse jeito. Agora ele está muito pior!

Isso me levou a pensar num conceito que já tem tempo que eu quero explorar no blog. Até pretendia falar dele no último BO da Semana, mas eu não queria estender demais aquele texto então ficou para próxima. Pois bem, hoje é a próxima! O conceito que eu me refiro se chama: o redemoinho da intolerância (bigotry whirlpool). Acho que “do preconceito” também é uma tradução válida. O termo não é de minha autoria e sim da ContraPoints, que a vi comentando no final do seu vídeo ‘The Witch Trials of J.K. Rowling’:

O termo aparece ali pelo minuto 1:49:20 para quem não quiser assistir quase 2 HORAS de vídeo

Vou fazer um breve desvio porque acho que vale a pena apresentar um pouco mais do trabalho dela. Quem não tiver interessado, pode pular para o último parágrafo da introdução.

Natalie Wynn é uma youtuber que faz conteúdo naquele formato de vídeo-ensaio. Ela chamou atenção pelo alto valor de produção da estética dos seus vídeos e também dos tópicos que discute. Seguindo por uma perspectiva de esquerda, a Natalie fala muito sobre política, gênero e filosofia. Sendo uma mulher trans, um dos temas mais recorrentes dos seus vídeos são aqueles que envolvem a comunidade LGBTQI+ e a luta pelos seus direitos.

Frequentemente a Natalie contrapõe, vide o nome do canal, os principais argumentos de extremistas de direita, sobretudo aqueles com teor transfóbico. Sendo assim uma figura pública que já foi o tópico principal de mais de um dos seus vídeos é a J. K Rowling, autora do fenômeno mundial de Harry Potter. Esse é um caso que já é muito conhecido então nem preciso me estender explicando. Vou me limitar a apenas linkar a página da Wikipédia. Ali você encontra toda a descrição sobre a cruzada contra o ativismo trans que a autora se meteu nos últimos anos, motivando alguns a classificá-la como TERF (feminista radical transexcludente).

O último vídeo do canal da ContraPoints, até o momento que faço esse texto, fala mais uma vez sobre a J. K. Rowling. Nele a Natalie diz que não consegue ver um cenário em que a autora possa ser persuadida a mudar suas visões a respeito das pessoas e do ativismo trans. Porque, nas suas palavras, “ela caiu [pelo] que chamo de Redemoinho da Intolerância”. Para explicar esse conceito eu vou reutilizar o exemplo que a própria usa em seu vídeo:

O CASO DE GRAHAM LINEHAN

Entrevista de Graham Linehan, escritor de comédia, que se meteu numa onda reacionária anti-trans e conseguiu arruinar a própria vida
Esse cara está literalmente vivendo o meme do “perdeu tudo”

Acredito que o nome do Graham Linehan não é tão familiar aqui para nós do público brasileiro, portanto vamos a um breve histórico. Graham é um escritor de comédia irlandês que tem no seu portfólio algumas notáveis sitcoms britânicas. Dentre elas, a que acredito que tem mais chances de alguém aqui conhecer é The IT Crowd. Além de criar a série, Graham também foi o roteirista e diretor de todos os episódios. Entretanto hoje em dia não é mais pelo seu trabalho na comédia que o seu nome é conhecido. Hoje as pessoas conhecem o Graham por outra coisa que ele vem escrevendo: tweets transfóbicos!

Há alguns anos o comediante irlandês, ex-comediante na verdade, desembocou na mesma espiral anti-trans – ou redemoinho da intolerância, talvez? – que a autora de Harry Potter se encontra. Não sei pontuar exatamente quando o Graham Linehan passou a divulgar suas visões sobre o ativismo trans abertamente. Pelo que consegui levantar, ele passou a tocar no tópico a partir da década de 2010 e nos últimos anos ele radicalizou mais ainda suas visões acerca da comunidade trans.

Uma das primeiras referências eu encontrei foi uma matéria de 2019 do jornal The Irish Times que fala sobre uma campanha online para impedir que ele participasse de um programa irlandês. Porém, pelo que o artigo indica, naquele período o Graham já era muito criticado por falas transfóbicas nas suas redes sociais. Ou seja, a história é um pouco mais antiga. Continuei investigando mais a fundo e isso me levou de volta a série de The IT Crowd que parece ser onde tudo começou.

Num dos episódios da terceira temporada, ‘The Speech’, um dos personagens resolver terminar com sua recém-namorada após descobrir que ela era uma mulher trans e os dois brigam. Literalmente! O episódio é de 2008 e pelo visto não gerou nenhuma controvérsia na época, afinal ainda estávamos nos anos 2000. Porém, a partir de meados da décadas 2010, ele passou a angariar mais críticas. Encontrei um texto no Medium de 2016 em que o Graham já era acusado de transfobia, mostrando a reação dele a comentários sobre The IT Crowd em 2013. Por causa das reclamações, em 2020, o Channel 4 optou por remover o episódio da sua plataforma de streaming, deixando o Graham ainda mais irritado com o movimento trans.

Pelo que eu pude notar, existe um ciclo de retroalimentação aqui. Não foi apenas as reações do personagem Douglas naquele episódio que gerou críticas. Elas surgiram acompanhadas das posições transfóbicas que o criador da série já havia adotado. Conforme o Graham Linehan era mais criticado, mais ainda ele inflamava seu discurso. Mais críticas levavam a mais controvérsias, mais controvérsias levavam a mais críticas e no meio disso tudo ainda há as consequências. Ter o episódio de uma das suas séries removido de um streaming não foi a única perda que o Graham sofreu nesses anos. Os efeitos da sua hoje tão evidente transfobia levaram a problemas na sua vida profissional, pessoal e financeira.

Também foi em 2020 que a esposa do comediante decidiu se separar dele. O seu ativismo anti-trans aparentemente foi um dos principais fatores que a levaram a tal decisão. Mas antes mesmo disso a carreira do Graham já vinha recebendo desfalques. Um dos seus últimos créditos na televisão foi na co-autoria da série Motherland. Além de dirigir o episódio piloto de 2016, ele também ajudou a escrever todos os episódios da primeira temporada que foi ao ar em 2017. Porém, a segunda temporada em 2019 já não contava mais com a presença do Graham. Não consegui encontrar nada que explique o motivo dele ser afastado, mas dado o histórico é fácil de imaginar.

2019 também marca outra perda importante para a carreira dele. O musical de uma das suas sitcoms, Father Ted, que estava em produção foi cancelado por conta das controvérsias. No futuro, o comediante diria que esse foi um dos piores golpes que sofreu, pois naquele momento a sua situação financeira estava em frangalhos. Desde então, o Graham já deu algumas entrevistas dizendo que o ativismo anti-trans acabou com a vida dele.

Porém há uma sutiliza nessa sua afirmação. Porque em momento algum ele admite que está colhendo o que plantou. Pelo contrário, o que o Graham faz é culpar todo o movimento trans pelas mazelas que aconteceram com ele nos últimos anos. Até hoje ele não tomou responsabilidade por suas palavras e ainda afirma categoricamente que sabe que está no caminho certo.

Numa entrevista para a BBC – que não linkarei aqui pois o vídeo se encontra no canal dele – o Graham diz que foram “eles” que destruíram sua vida. Eles que fizeram a esposa largá-lo, afastaram seus amigos e obrigaram as empresas a não se envolver mais com ele. Não é que ele se tornou um reacionário que não mostra qualquer remorso e passa o dia todo no Twitter atacando pessoas trans e compartilhando discurso de ódio e pânico moral sobre esse grupo. O movimento que foi atrás dele, foi movimento que resolveu fazer dele um exemplo. Ele é apenas um injustiçado, uma vítima, um mártir.

Mas eu não acho que isso seja algo que ele acredita, pra mim é algo que ele PRECISA acreditar! Aqui que entra o redemoinho da intolerância.

UM BREVE RESUMO DO
REDOMOINHO DA INTOLERÂNCIA

Redemoinho da intolerância é um conceito informal que explica o porquê de muitas pessoas intolerantes serem incapazes de mudar
🎶And way down we go 🎶

No seu vídeo, a ContraPoints explica que pessoas como J. K. Rowling e Graham Lineham chegaram a um ponto similar a pessoas que entraram num culto ou num golpe financeiro. Não posso falar do primeiro, mas para o segundo eu tenho uma história.

Anos atrás, quando o bitcoin estourou, uma conhecida chegou no meu Facebook e me perguntou se eu tinha algum tipo de poupança ou dinheiro aplicado. Como nem empregado eu estava, disse que não e ela me falou de uma tal de Unick Forex. O namorado dela na época a convenceu de investir o dinheiro deles nessa empresa. O nome já me deixou com o pé atrás e quando fui pesquisar ficou claro para mim que aquilo era nada mais que um esquema de pirâmide se aproveitando da trending das criptomoedas. A conhecida não chegou apenas em mim com a proposta. Nós tínhamos um amigo em comum, inclusive foi ele quem nos apresentou, que ela também tentou convencer a investir na Unick Forex. Porém, tal como eu, ele percebeu a furada e pulou fora. Hoje está bem evidente que fizemos a coisa certa!

Um detalhe é que esse meu amigo tentou tentou avisar a pessoa que aquilo era um golpe. Porém ela continuou defendendo a Unick Forex ferrenhamente. Por quê? Ora, porque ela já tinha colocado o dinheiro dela e, se não me engano, o da mãe também nas mãos da empresa. Muito dinheiro! Então não era somente que ela queria, mas também que ela precisava acreditar que era um investimento seguro. Caso contrário, ela teria que encarar o fato que foi feita de trouxa num dos esquemas de pirâmides mais safados que já teve no Brasil e ainda prejudicou a mãe no processo.

Nessa história existem dois sentimentos que levaram essa conhecida a defender o esquema tão vorazmente: vergonha e culpa. São esses mesmos dois sentimentos que mantém as pessoas presas no dito redemoinho da intolerância. São tão poderosos que tem a capacidade de destruir o psicológico de qualquer um. Então o redemoinho da intolerância acaba se tornando uma zona segura onde essas pessoas podem se confortar no autoengano que estão lutando pelo bem, porque sair dali é encarar a dura realidade do que eles se tornaram e fizeram.

Imagina o impacto mental que será para a J. K. Rowling ter que admitir pra si mesma que passou os últimos anos usando toda sua influência numa cruzada que só tem prejudicado um grupo que está lutando pelos seus direitos? Sendo que vários deles eram seus próprios fãs! Mais ainda o Graham que não apenas terá que admitir isso, como lidar com o fato que foi ele quem causou o seu divórcio e a destruição da sua carreira? É uma culpa grande demais para alguém conseguir suportar.

Para ambos é muito mais fácil imaginar que existe uma ideologia maliciosa no mundo conspirando para calar pessoas como eles que apenas estão “compartilhando suas visões” do que passar pela vergonha de aceitar que estão agindo feito babacas paranoicos e preconceituosos. E falando de babacas paranoicos e preconceituosos:

O REDEMOINHO DA INTOLERÂNCIA
NA COMUNIDADE GAMER

Trecho de um dos vídeos do youtuber Zangado onde ele surta com uma NPC de Remnant 2
Só de ver essa imagem eu já fico com vergonha-alheia

Na hora de escrever o subtítulo meu primeiro impulso foi colocar “porque alguns gamers são assim”. Mas me detive e, depois de pensar com cuidado, optei pelo que está agora. O motivo foi que o redemoinho da intolerância não explica porque alguém é ou se torna intolerante. Isso é algo que depende da trajetória de vida de cada um. O que o conceito tenta explicar é porque essas mesmas pessoas se mantém intolerantes e tendem a afundar mais ainda com o tempo. Aí nesse caso sim a gente consegue observar um padrão de como alguém sai de hétero top e piora para um redpillado paranoico.

Se eu falar “gamer reaça”, supondo que você não seja um deles, alguns nomes vem a mente na mesma hora, não é? Eng. Leo, Xbox Mil Grau, Rodrigo Baltar e Central, são os que apitam na minha cabeça quando ouço o termo. Nem sempre nessa ordem, porém sempre esses mesmos nomes. Afinal todos eles podem ser considerados como “farinha do mesmo saco” e não é a toa que os três últimos defenderam a fala do Zangado. Outra coisa a se considerar é que eles também dividem a mesma sina do Graham Linehan, pois nenhum deles hoje é conhecido fora das suas bolhas pelo conteúdo – fraco, diga-se de passagem – que produzem e sim pelas suas polêmicas.

Existe também entre eles um certo grau de conformidade de pensamento político. Todos possuem um posicionamento mais voltado para direita, carregando um ódio mortal por qualquer coisa que seja remotamente associada a esquerda. Esse mesmo ódio vaza para os jogos porque, ainda que eles não admitam, eles também enxergam tudo por lentes políticas. Se um dia eles passarem pela sua linha do tempo, com certeza será por alguma reclamação besta sobre cultura woke – a famosa lacração – fazendo flamewar tosco ou inventando um moinho de vento para atacar dizendo que são gigantes. Gigantes comunistas!

Por fim, outro ponto similar entre eles é como o comportamento deles foi se radicalizando – termo que eles também irão rejeitar – e inflamando na direção do reacionarismo ao longo dos anos. A mesma coisa que a gente viu acontecer com o Zangado.

O Eng. Leo hoje está todo dia xingando muito a esquerda no Twitter em meio a tweets de jogos. Às vezes fazendo ambos. Rodrigo Baltar – que daqui umas semanas provavelmente vai “cair” em Urubu do Pix pra tirar grana dos trouxas que seguem ele – faz o mesmo. Esses dias estava reclamando que foi suspenso de novo na Twitch por discurso de ódio culpando “um monte de adm de cabelo roxo e sovaco peludo que ditam as regras“. A Central já deve estar no milionésimo vídeo de 30 minutos da “lacração no mundo dos games” que só seus seguidores tem paciência de assistir.

E tem o caso emblemático do Xbox Mil Grau cuja a única real contribuição para a internet foi protagonizar o meme de “13 mil horas de contexto”. Antes um canal abaixo de medíocre sobre Xbox, hoje um adolescente mental que precisa parasitar toda e qualquer treta para convencer seus fãs que ainda tem alguma relevância na internet. Chega ser bem patético como eles costumam dizer que a Xbox Mil Grau incomoda, achando que são provocadores do debate e não apenas crianças birrentas. O caso desse canal é o que melhor descreve o conceito de redemoinho da intolerância.

Como falei, Xbox Mil Grau nunca foi um bom canal de vídeo games. As análises eram porcas, movidas por um coitadismo caixista no qual o Xbox era visto como uma vítima da tenebrosa “mídia sonysta”. Só conseguiam entregar um flamewar barato, mostrando nenhuma capacidade crítica e apenas babando feito um cachorrinho raivoso. Então, não tendo talento para criar conteúdo minimamente decente sobre vídeo games, o Xbox Mil Grau se limitava a horas e mais horas de gameplay (são 13 mil horas de gameplay, véi) falando besteira sobre a indústria, eventualmente política e um pouco de discurso de ódio para apimentar as coisas. O canal ficou e ainda é conhecido por alimentar uma comunidade extremamente tóxica e incentivar assédio contra jornalistas – basta pesquisar o que fizeram com Bruna Penilhas por causa de Cuphead – e outros criadores de conteúdo que, ao contrário do Xbox Mil Grau, tinham talento para algo.

Tudo isso culminou no fatídico dia em que um dos membros do canal resolveu fazer, no auge dos protestos do Black Lives Matter sobre o caso de George Floyd, um comentário racista no Twitter. E eu não tenho qualquer hesitação em chamar esse tweet pelo que é: racista!

Comentário racista de um dos membros da antiga Xbox Mil Grau
Mais uma vez: R-A-C-I-S-T-A!

O comentário gerou uma reação forte da internet. Um dos criadores do canal Nautilus, o Ricardo Régis, decidiu que não dava mais pra deixar aquilo passar como mais uma polêmica do Xbox Mil Grau. Então ele foi lá, comprou a briga e capitaneou um movimento que acabou unindo diversas bolhas da comunidade gamer para denunciar as ações do canal. Essa matéria do Jovem Nerd resume bem ocorrido. O resultado foi que enfim o Xbox Mil Grau teve suas contas banidas do YouTube e da Twitch. Até a própria Microsoft veio a público exigir que parassem de usar a sua marca.

Hoje os ex-Xbox Mil Grau seguem falando merda no Twitter e tentando criar conteúdo numa das poucas plataformas que ainda aceitam eles, mas que ninguém direito acessa. Além disso, como os canalhas que são, tanto eles quanto seus fãs tentam emplacar a narrativa que eles foram injustiçados nessa história. Pois na cabeça deles nada mais são do que vítimas dos “lacradores”. Assim como Graham Linehan na sua cruzada anti-trans, esses gamers reaças precisam insistir na sua própria luta contra o monstro imaginário da lacração para não ter que lidar com a realidade: todos eles são homens adultos que passaram, e ainda passam, anos das suas vidas brigando por joguinho na internet, indo bem além da linha do flamewar juvenil.

Alguns passam seus dias atacando o esquerdismo abstrato de internet – e falo abstrato porque tudo para eles é culpa da esquerda – enquanto outros atacam pessoas reais por quaisquer besteiras. Eles são motivo de chacota para todas as demais comunidades que excedem em peso os seus fãs. Seus canais não crescem mais e o conteúdo não dá qualquer sinal de evolução. Nem na qualidade e nem moralmente. A única forma de seus nomes serem infamemente lembrados é por treta. Contudo, até mesmo hoje com todas as polêmicas, eles só conseguem alcançar um grupinho bem reduzido de pessoas que se identificam com seus vídeos e falas. Algumas delas se encaminham ou já estão presos ao redemoinho da intolerância.

Cada dia que esses gamers reaças precisam se encher de mais certeza que estão no caminho certo, que estão lutando pelo bem maior, que são perseguidos por falar verdades, etc. Fazem todo esse barulho apenas para evitar de olhar no espelho, ver a piada ridícula que se tornaram e que não conseguirão ser mais do que isso. Mas não por causa da lacração e sim por sua própria incompetência. Hoje, a esse ponto, dificilmente eles conseguirão sair do redemoinho da intolerância em que se meteram. A vergonha é uma força gravitacional forte demais e a única forma de redenção seria ter algo que todos eles já mostraram diversas vezes não ter: um pingo de caráter!


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4 comentários em “O redemoinho da intolerância: porque alguns gamers pioraram”

  1. Pontos interessantes e bem abordados. Têm muita coisa além do que apontou para que esses indivíduos se sintam cada vez mais empoderados e cheios de razão sem medo de punições, mas de certa forma abordou bem a ideia e trouxe pontos e exemplos interessantes.

    1. Sim, é uma questão multifatorial. Mas meu objetivo aqui foi abordar o caso deles através desse conceito que eu acho interessante porque senão viraria um ensaio gigante e eu não tenho estômago para passar um tempo estudando os perfis dele mais a fundo. O que a gente pega na superfície é o bastante pra não querer chegar nem perto dessa galera

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