O ano era… ok, eu não lembro o ano correto porque eu não sou tão psicopata assim. O que me recordo é de estar na casa de um amigo nos meados dos anos 2000. Ele estava organizando umas coisas – e por organizar eu quero dizer jogando tudo na cama – e uma pilha de CDs despertou minha curiosidade. Olhando que tipos de jogos esse meu amigo tinha, meus olhos se fixaram num em específico. O primeiro filme de Piratas do Caribe havia sido lançado há um tempo, portanto o tema de piratas virara um dos meus interesses. No CD se destacava a gravura de uma bandeira, com a clássica caveira no seu centro, acompanhada do título: The Secret of Monkey Island.
Perguntei para o meu amigo se eu podia pegar aquele jogo emprestado e ele disse que sim. Eu não sabia exatamente o que me aguardava, mas a curiosidade era o suficiente para me motivar. Então chegando em casa eu inseri o disco na minha CD-ROM (perguntem ao seus pais o que é essa tecnologia ancestral) e instalei o tal do The Secret of Monkey Island. Mal sabia eu que estava prestes a conhecer um dos títulos mais importantes da minha vida que abriria as portas para um gênero que hoje é um dos meus favoritos.
Essa foi a minha introdução com a franquia de Monkey Island. Passei dias e mais dias a primeira aventura do intrépido e atrapalhado Guybrush Threepwood, me fascinando pelo arte e o seu humor característico pelo que eu conseguia entender do espanhol. Meu inglês era bem fraco na época, então achei que valia mais a pena arriscar noutra língua.
Nos anos que se seguiram eu desbravei pouco a pouco os outros jogos da franquia que já tinha acabado antes mesmo de eu conhecê-la. Apesar disso eu me tornei um grande fã e foi uma satisfação ver um retorno temporário da série no finalzinho dos anos 2000 com Tales of Monkey Island, desenvolvido pela Telltale Games em parceria com a LucasArts. Além disso, tivemos os remasters dos dois primeiros jogos então eu alimentei esperanças que isso significaria um possível revival da franquia. Infelizmente a vida tende a nos decepcionar. Por conta dos problemas de gestão da Telltale, que jogaram a empresa em sérios problemas financeiros, esse sonho não veio a se realizar.
Acabei por aceitar o fim das aventuras de Guybrush Threepwood mesmo querendo que tivessem mais algumas. De qualquer forma eu estava feliz com toda diversão que tive com a franquia…
… aí imagina a minha surpresa quando em pleno 2022, ano da pirataria, Ron Gilbert, a mente por trás dos dois primeiros títulos da franquia, surge na internet para avisar que estava trabalhando num novo jogo de Monkey Island? E como se isso já não bastasse para fazer todos os fãs da franquia saltarem das suas cadeiras, o Ron disse que o jogo seria lançado em poucos meses. A nossos preces haviam sido atendidas!
Foi com essa longa introdução que começa o meu literal Retorno para a Ilha dos Macacos (que faria mais sentido em inglês, mas fazer o quê?). Antes de passarmos para a crítica, me sinto na obrigação aqui de fazer um agradecimento ao meu amigo Jogando Sem Hype, host e criador do podcast Fora do Controle, que me deu o jogo de presente na Steam. Se não fosse ele, provavelmente eu só teria jogado no próximo ano. Pronto, chega de enrolação e vamos falar do jogo!
A NOSTALGIA E EXPECTATIVA
POR UM JOGO QUE NUNCA EXISTIU
Esse novo capítulo da franquia já começa muito simbólico pelo seu título: Return to Monkey Island. Este é um jogo que marca diversos retornos: a do nosso amado protagonista Guybrush Threepwood, a da franquia que já estava 13 anos sem um novo jogo e, acima e tudo, o de Ron Gilbert no controle criativo da série.
Então com um hiato de dez anos acompanhado do próprio criador da franquia retornando, é óbvio que Return to Monkey Island traria a tona um forte sentimento de nostalgia adormecidos. Eu diria que que nem só do público, mas como também a equipe de desenvolvimento que parecia muito entusiasmada em poder trabalhar num novo título de Monkey Island. O jogo está bem ciente de toda essa nostalgia, portanto existem tem várias menções aos jogos da série, principalmente aqueles em que o Ron trabalhou. São vários diálogos, itens, personagens e mapas que fazem ou são referências diretas. Ora, até mesmo a intro, como vocês puderam ver lá em cima, recria o icônico início de The Secret of Monkey Island.
Mas aí devemos considerar que nostalgia é também uma faca de dois gumes, pois ela nunca vem sozinha. Há sempre o demônio da expectativa ali do lado com os fãs esperançosos de reaver suas memórias passadas jogando a série pela primeira vez. E no caso de Monkey Island essa é uma expectativa que se cria há décadas, até mesmo quando haviam jogos sendo lançados.
Nos primórdios da franquia, Ron Gilbert tinha a visão de fazer dela uma trilogia. Por isso o segundo jogo, Monkey Island II: LeChuck’s Revenge, termina num cliffhanger que deixou muitos fãs confusos. “Tudo vai ser explicado no próximo jogo”, acreditavam eles. Contudo o Ron deixou a LucasArts para fundar seu próprio estúdio um ano depois do lançamento de LeChuck’s Revenge e assim não teve oportunidade de dar sequência ao seu projeto.
Claro que a empresa não ia deixar a oportunidade morrer ali. Assim a franquia retornou com uma nova direção criativa em The Curse of Monkey Island. Nele a nova equipe tentou dar continuidade ao gancho deixado pelo Ron, porém não foi uma sequência que acalmou os corações dos fãs. Não totalmente. Ainda existia aquele pensamento de como seria o tal terceiro capítulo na visão do seu criador. Sendo assim, quando o próprio diz estar trabalhando num novo jogo da franquia, muitos desses fãs reviveram a esperança de enfim receber a resolução daquela história que não foi contada no passado.
Assim é com muita alegria e satisfação que eu digo que Return to Monkey Island NÃO FOI esse terceiro capítulo. Alguns fãs podem não gostar disso, alguns fãs podem se decepcionar com isso. Eu, por outro lado, dou saltos e cambalhotas. Porque, gente, não teria como Return to Monkey Island ser uma continuação daquele jogo que o Ron deixou em 1991. O que ele é, na verdade, é uma reflexão sincera sobre nostalgia e a idealização que fazemos do passado, a inevitável passagem do tempo, as mudanças que ela cria e nos convida a fazer uma introspecção sobre o que deixamos do nosso legado.
OS TEMAS DE RETURN TO MONKEY ISLAND
É evidente como nostalgia é um dos principais temas do jogo, aparecendo logo de cara no prólogo. Contudo o Ron decide fazer uma subversão de expectativa aqui. O jogo faz parecer que está iniciando exatamente onde Monkey Island II parou: no estranho e enigmático parque de diversões. Ele faz você pensar que finalmente haverá as respostas para todas as perguntas que o bizarro final de LeChuck’s Revenge levanta. Contudo, logo em seguida você percebe que não está controlando um Guybrush Threepwood criança e sim o seu filho em algum ponto no futuro.
Toda essa parte tem um sentido funcional como jogo. Ela é um tutorial supreendentemente orgânico que ajuda qualquer um que nunca teve contato com um jogo de aventura point and click. Mas eu gosto de interpretá-la pelo seu sentido narrativa. Ali o objetivo é mostrar exatatamente qual a linha que a história irá seguir.
Nos meses que se seguiram ao anúncio do jogo, muitos especularam que Return to Monkey Island seria um reboot. Ou seja, esse novo capítulo ignoraria todos os outros jogos feitos pela LucasArts depois da partida do Ron para ser a verdadeira sequência de LeChuck’s Revenge. Bom, não é e o tutorial faz questão de esclarecer isso. Ele coloca a história sob a lente de uma moldura narrativa, técnica que consiste em inserir uma história dentro de outra história.
No final do prólogo encontramos o verdadeiro e já mais velho Guybrush Threepwood. O filho senta ao seu lad e pede para o pai contar uma das suas aventuras do passado. Guybrush então decide contar sobre contar a história de quando ele decidiu descobrir o verdadeiro segredo da Ilha dos Macacos. Esse segredo sempre foi aludido desde o primeiro jogo, sendo tratado mais como uma piada do que como um mistério. Contudo, ele é uma eterna fonte de especulação para alguns fãs que tem essa obsessão – e guardem bem essa palavra – por saber.
Voltando ao jogo, dá para dizer que a ideia do Guybrush contando sua história para seu filho funciona como outra referência. 95% de Monkey’s Island II se passa com o Guybrush contando para Elaine como se meteu numa nova enrascada na sua busca pelo tesouro de Big Whoop. Porém, em Return to Monkey Island esse recurso narrativo está atrelado também ao seus temas. Porque ao colocar Guybrush relembrando o seu passado, o Ron representa o jogador revivendo os sentimentos de quando conheceu a franquia. E em mais uma camada, também representa Ao mesmo também representa o próprio Ron refletindo sobre a sua criação.
Vocês devem ter reparado que eu tô repetindo muitas vezes o nome do Ron Gilbert nesse texto. É porque eu acho que ele é a chave e para se entender Return to Monkey Island e também o motivo pelo qual esse não deve ser considerado como aquele terceiro capítulo que os fãs tanto sonhavam.
Return to Monkey Islando não é um reboot e nem mesmo um retcon. Em momento nenhum os fatos passados em outros jogos são ignorados, ainda que se enfatize muito mais os dois primeiros jogos já que eles que pertencem ao Ron. No menu inicial você pode abrir um álbum com fotos de todas as aventuras que o Guybrush viveu nos jogos. Isso reforça os temas sobre nostalgia e legado que permeiam esse novo capítulo da vida do personagem, só que tem um a mais.
Depois de terminar a campanha – fiquem tranquilos que isso aqui não é um grande spoiler – novas páginas são adicionadas recapitulando todos os eventos de Return to Monkey Island. Na última página surge uma carta escrita pelo Ron Gilbert em algum momento quando a produção do jogo já estava para começar. Ali temos algumas reflexões que deixam os temas principais muito escrachados e mostra como cada título de Monkey Island acaba sendo um reflexo das pessoas envolvidas no seu desenvolvimento.
Em Secret of Monkey Island, ao mesmo tempo que tínhamos um Guybrush Threepwood novato (e mais ingênuo do que ele já é) aspirando à vida de pirata. Da mesma forma, naquela época o próprio Ron aspirava a uma vida no ramo desenvolvimento de jogos e construía sua carreira na LucasArts. Em Tales of Monkey Island, no qual o Ron contribuiu com algumas ideias, você tem um Guybrush mais maduro tal como a equipe envolvida e assim o jogo acaba tendo um pouco das questões sobre a vida de um adulto no meio da sua história.
Agora em Return of the Monkey Island você tem pessoas com mais de 50 anos nas costas, com suas carreiras feitas e novas percepções sobre a vida. E é exatamente por isso que esse não é o tão aguardado terceiro capítulo de Monkey Island. As pessoas que trabalharam no desenvolvimento daqueles jogos já não estão mais aqui e as que estão já não são mais as mesmas que eram naquele tempo. Adquiriram novas experiências, visões e valores que deixa impossível que elas possam fazer o jogo com o mesmo pensamento que tinham na época. Aquele mundo não existe mais.
Quando o Ron fala que essa é uma história de tentar reaver as glórias do passado, que Guybrush vai ter sucesso nessa jornada e também irá falhar, é óbvio pensar que ele está falando de si mesmo. Porém eu acho que ele está falando dos jogadores. Muitos fãs antigos já vieram para Return to Monkey Island com suas preconcepções do que o jogo deveria ser. E o que ele faz é brincar com todas essas expectativas, dando pequenas amostras de nostalgia só para subvertê-la logo em seguida.
Quando você põe os pés em Mêlée Island você encontra um mapa praticamente idêntico ao de The Secret of Monkey Island. Mas então ao entrar no Scumm Bar, em vez dos três antigos líderes piratas, você encontra um novo e mais moderno grupo de piratas que tomou o controle. Conforme você explora a ilha, nota-se que muitas coisas mudaram. A casa do Meathook e do instrutor de espada já não estão mais lá. A loja do Stan foi fechada e agora ele está preso por fraude (até que demorou). A Senhora do Vodu está indo a falência. Carla deixou de ser a Mestra Espadachim para assumir um monótono e burocrático cargo de governadora. Embora haja um forte sentimento de familiaridade com aquele local, você percebe que ele já não é mais o mesmo.
E essas subversões das memórias do jogadores continuam ao longo de toda primeira metade do jogo. Return to the Monkey Island faz você assumir que haverá um desafio aos moldes dos primeiros jogos só para ir por um caminho completamente diferente depois. Na segunda parte ele te coloca de novo num navio a caminho da Ilha dos Macacos. Qual é a conclusão que um fã vai tomar? Que terá que fazer a poção que os leva até a ilha. Porém as coisas pegam um desvio e mais uma vez Guybrush precisa dar um jeito de improvisar para alcançar os seus objetivos.
Isso acontece tantas vezes que pra mim é seguro assumir que o Ron e sua equipe fizeram propositalmente. E não acho que foi numa intenção maliciosa de enganar seus jogadores e capitalizar em cima da nostalgia. Pelo contrário, faz parte da grande narrativa do jogo. É uma forma de comentar sobre como o apego as memórias passadas vai acabar levando a frustração uma vez nada pode voltar a ser como era antes.
FÃ ANTIGO X POSSÍVEL FÃ NOVO
Outra coisa que vemos repetir consistentemente ao longo de Return to Monkey Island é uma espécie de conflito de gerações. Quando você encontra o novo grupo líderes de piratas que menosprezam o Guybrush por ser uma relíquia do passado. Isso vai sendo repetido várias e várias vezes, a ideia de que o segredo da Ilha dos Macacos é para a geração mais nova de piratas descobrir. Se levarmos em consideração que o “segredo” pode representar o jogo em si, dá para tirar uma interpretação Return to Monkey Island não é para os fãs antigos e sim para os novos fãs que o jogo visa conquistar.
Partindo desse princípio, vamos olhar para a jogabilidade. Return to Monkey Island tem muito mais a ver com jogos de aventura point and click modernos do que os primeiros da franquia. Você tem uma direção artística nova - que levou ao lamentável episódio do Ron Gilbert decidir fechar seu blog depois de uma série de mensagens abusivas – e a jogabilidade não tem quase nenhum resquício dos clássicos. A interface foi modernizada, removendo os comandos verbais que o Ron reproduziu em um dos seus jogos mais recentes, Thimbleweed Park, por comandos mais simplificados.
Há sugestões visuais que ajudam o jogador a identificar quais itens ele pode combinar e quando eles podem interagir com o ambiente. Isso tira a velha necessidade de recorrer a tentativa e erro. Você chega até a ganhar um livro de dicas para ajudar a resolver os enigmas que encontra. Há também a inclusão de um botão para destacar quais locais no mapa você consegue interagir. Algo que já virou uma norma do gênero há bastante tempo, inclusive.
Isso tudo significa que o jogo quer se distanciar dos seus fãs mais antigos? Claro que não! Isso é apenas mais uma consequência do tempo. O gênero de aventura point and click, ainda que não tenha a mesma presença no mercado como teve no passado evoluiu. Melhorou vários aspectos da sua jogabilidade, incorporou novas mecânicas, tentou ampliar o público. Isso é uma necessidade para toda franquia que queira sobreviver além do seu tempo. Porque se você parar, você estagna e eventualmente é sobrepujado por novas propriedades.
Olha só para Resident Evil que está constantemente se reinventando para se manter relevante e conseguindo alcançar novas audiências todo ano. Enquanto isso, Silent Hill está sobrevivendo a aparelhos muito por culpa do descaso da Konami. O que Return to Monkey Island está tentando fazer aqui é reconhecer que isso é uma mudança natural. Seja na vida, seja na indústria dos jogos.
Quando eu via algumas reações sobre Return to Monkey Island encontrei um fã, claramente de longa data, reclamando como descaracterizaram o Guybrush Threepwood no jogo. O cerne do argumento dele vinha da escolha de fazerem o Guybrush ter uma obsessão pelo segredo da Ilha dos Macacos do nada. De fato loresticamente ele está correto já que no primeiro jogo quem se importa com o segredo é LeChuck e o Guybrush só vai para a ilha para tentar resgatar Elaine. No segundo, a Ilha dos Macacos é deixada para escanteio uma vez que o Guybrush sai em busca de um tesouro totalmente diferente. Ali a ilha é nada mais do que uma referência. Mesmo assim a reação do colega era mal fundada.
O que esse fã enfurecido pareceu não perceber é que aquele Guybrush do jogo, o que controlamos, não pode ser interpretado como uma extensão do personagem dos outros jogos. Ali ele é uma criação do Guybrush verdadeiro que conta a história. Aquele avatar que movemos de um lado para o outro nos cenários serve como uma alegoria dentro dessa narrativa. Ele representa o sentimento de obsessão que esses fãs antigos possuem. É obsessão em querer determinar o segredo da Ilha dos Macacos, é a obsessão em saber o que o final confuso de LeChuck’s Revenge significa, é a obsessão em saber como seria o terceiro capítulo que o Ron visionou na década de noventa. A graça é que o fã não estava puto exatamente com o novo Guybrush, ele estava puto consigo mesmo, com a sua obsessão que jamais será saciada.
E isso nem sou eu que estou dizendo, basta prestar atenção no jogo para além das suas piadas e dos seus puzzles. Muitos tendem a interpretar Monkey Island apenas como uma série de jogos de comédia e ignoram o texto riquíssimo que ela tem. Return to Monkey Island faz questão de destacar como essa obsessão é prejudicial e só vai te levar a decepção, impedindo que você aproveite aquilo que é de mais valioso nessa jornada
CONCLUSÃO
Mas enfim, essa foi a minha interpretação de Return to Monkey Island. Posso estar errado? Talvez! Mas assim como o significado do segredo da Ilha dos Macacos, nós nunca iremos saber. Porque no final isso não importa. Tem um vídeo que encontrei que explica isso muito bem e deixo aqui para quem tiver interesse em ir mais a fundo nessa discussão quando não estiver preocupado em tomar spoilers da trama.
Eu não acredito em notas (quem sabe um dia eu explico isso melhor) então aqui você não encontrará aquelas tabelinhas pontuando: “Jogabilidade: X, Gráficos: Y, História: Z”. Acho-as abomináveis. Tudo que eu tinha para dizer do jogo está ali no meio dessas dúzias e mais dúzias de parágrafos.
O que me resta a dizer a vocês é que joguei Return to Monkey Island com muita satisfação. Não chegou a ser o meu favorito, meu coração estará sempre com The Curse of the Monkey Island dado meu fraco por animação tradicional. Porém, tematicamente esse um dos títulos mais prazeroso da franquia. Agora, tal como Guybrush, finalmente estou pronto pra seguir com a minha vida guardando com carinho as memórias desse e dos demais jogos da série.
Então obrigado por tudo, Ron Gilbert!
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