"Eu estou cansado, chefe", frase do personagem de  Michael Clarke Duncan em À Espera de um Milagre
Dessa vez é um papo sem meme

Quando escrevi esse texto eram umas 16hs, de um domingo, no Dia das Mães, depois de passar a manhã toda subindo 150 questões de disciplinas variadas para a plataforma de um cliente. Antes desse dia eu tinha subido 250 questões e antes desse outro 200. Hoje, no dia que publico o texto, vou subir mais outras 200 questões. Essas têm sido minhas manhãs, e às vezes parte das tardes, da última semana e essas serão as minhas manhãs da semana seguinte… *sigh* Eu estou cansado!

O ritmo de produção aqui no blog caiu bastante de um mês para cá. Eu gostaria de falar que é por falta de tempo – até certo ponto é mesmo – porém o mais correto é falta de energia. Não física e sim mental. A causa dessa exaustão é um conjunto de fatores.

No meio do mês passado eu pedi demissão do meu trabalho e acho que mencionei brevemente nesse texto só que não dei mais detalhes. Bom, para simplificar: eu me demiti por uma falta de uma perspectiva sobre o meu futuro na empresa. O salário era baixo e ficou ainda menor, só acumulava funções aleatórias e ainda recebia promessas de uma promoção que nunca se concretizavam. Por conta dessa insatisfação eu resolvi pedir as contas e trilhar o caminho tortuoso e instável dos freelancers. Eu já tinha feito alguns na área de redação e agora esse é o meu ganha-pão primário.

Porém não está sendo fácil. Nada fácil…

Em abril eu praticamente não consegui trabalhos – que eu me recuso a chamar de jobs – porque me faltam contatos. Estou no comecinho ainda dessa nova carreira e não tenho qualquer certificado na área de copywriting para dar confiança aos contratantes. Portanto, para não correr o risco de fechar outro mês no vermelho, eu tive que pegar esse serviço de subir questões numa plataforma. Não é um trabalho difícil, mas é repetitivo para um caralho. No final do dia eu tô com a minha mão direita dolorida e meus olhos ardendo, mesmo fazendo pausas.

E isso é só PARTE dos meus problemas atuais.

Depois de cumprir minhas obrigações diárias, o outro terço do meu tempo fica reservado para estudos. Minha mãe insistiu para que eu tentasse o concurso da CAIXA deste ano e, para apaziguar um pouco o coração dela, eu resolvi acatar a sugestão. Então do almoço até o café, às vezes além dele, eu fico estudando para a prova que será no final deste mês. Com o dia chegando, a ansiedade que eu achei que já tinha perdido voltou a bater na minha porta.

Eu não estou preocupado em não passar nesse concurso, minha consciência está bem resolvida com isso desde o dia da inscrição. Só que minha mente é, por falta de expressão melhor, uma tremenda arrombada. O compromisso não sai da minha cabeça por um segundo sequer. Tem dias que eu estou no meio das minhas caminhadas matinais – a única coisa que vem me impedindo de não surtar – e não paro de pensar nessa maldita prova. É aquela ânsia de termina isso logo que não me deixa em paz.

Por fim também tem alguns assuntos pessoais delicados, que não compete expor aqui, mas que também afetaram em muito a minha cabeça no último mês.

A soma de todas essas preocupações têm tirado muito do meu foco para outras coisas. Até mesmo quando eu estou no meu tempo livre eu não consigo me concentrar. Fico pensando na minha atual condição financeira, no concurso da CAIXA e em tudo mais. Consequentemente a minha capacidade de escrever também foi muito afetada nesse processo. Diria até que minha relação com o blog como um todo foi. Eu costumava abrir isso aqui todo dia para ver como estão as coisas e agora tem dias que eu mesmo me esqueço que o Backlogger existe.

Então um texto que normalmente eu levaria 3-4 dias para escrever está indo para semanaS. Isso mesmo, no plural. Fiquei agarrado um mês – possivelmente até mais – no meu artigo sobre Perfect Blue e não tenho a menor ideia de quando eu vou escrever o de Paprika. Eu nem revi o filme ainda porque sei que não vou conseguir iniciar um rascunho tão cedo. Não consigo avançar numa crítica sobre Tormented Souls que deveria ter saído no mês anterior. Fora outras ideias para texto que vão sendo jogadas para o meu backlog.

Meu Deus, agora eu tenho um backlog para texto!

Nem mesmo os BOs da Semana, que são as publicações mais fáceis de se escrever aqui, eu tô conseguindo fazer. O último já tem mais de um mês! Eu abro o editor de texto, fico minutos encarando-o sem conseguir avançar, desligo, tento me concentrar em outra coisa, não consigo, volto, repito o processo. Aaaaaaaaah!!!

Esse texto foi em parte uma explicação e parte um desabafo. As coisas vão continuar assim, pelo menos por esse mês. Quando passar a prova eu vou ter as tardes livres de volta, porém eu vou seguir nesse trabalho de subir questões. Por mais que ele tenha me desgastado, eu preciso desse dinheiro para me segurar pelos próximos meses. Não faço muita ideia se tenho algum leitor recorrente além do pessoal no meu Twitter que, aliás, eu não tô conseguindo acessar graças a merda que fizeram com a autenticação de dois fatores – mas caso você existe, está aí os motivos das coisas estarem mais lentas por aqui.

Agradeço a compreensão de todos e peço um pouquinho de paciência enquanto ajeito a minha vida. Novamente, estou cansado. Muito, muito cansado…


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