10 jogos (e 1 filme) de terror que não são survival horror

Dado o título do texto – e um recente artigo de opinião meu – talvez ficou a impressão que eu não sou muito chegado ao gênero de survival horror. O que não é verdade porque talvez esses sejam meus jogos favoritos depois de RPG. A posição não é muito clara porque eu adoro aventura point-and-click também. Aliás, a franquia que eu mais adoro, Fatal Frame, é justamente composta de jogos de survival horror.

Meu objetivo com aquele texto era apenas fazer as pessoas entenderem que existe mais de um tipo de gameplay por aí quando falamos de jogos de terror. Eu tenho a impressão que o survival horror limitou o imaginário do que se pode explorar de terror nos vídeos games. Pensando nisso – e com o Dia das Bruxas chegando aí – achei que seria interessante fazer uma listinha de recomendações de títulos com jogabilidades distintas. Não vou falar de jogos que estejam caixinha do survival horror, aos moldes de Resident Evil ou Silent Hill, e espero que algum deles capture sua atenção.

Ah, e também vou jogar um filme aqui porque tô com tempo! Então sem mais delongas, vamos a lista:

SWEET HOME / RPG / 1989

Duas imagens do jogo Sweet Home que inspirou Resident Evil e é considerado um avô do survival horror

Tendo mencionado Resident Evil eu acho que seria uma boa começar com o jogo que deu origem a franquia. Produzido para ser lançado em companhia ao filme homônimo, hoje Sweet Home é considerado o avô do gênero de survival horror. Tem mais outro que vai aparecer mais a frente na lista. Muitas particularidades da sua jogabilidade ajudaram a criar convenções popularizadas pelo Resident Evil. Foi por conta da sua relação com essa franquia que Sweet Home passou a ser rotulado retroativamente como um jogo de survival horror. Eu discordo bastante dessa classificação, porque não acho que precisamos ficar revisando o passado para reclassificar jogos. Também discordo porque qualquer um bate o olho em Sweet Home e pensa: isso aí é um RPG!

Porém ele não é um RPG nada convencional para sua época. Talvez até hoje não seja, afinal ele tem outros elementos que não são típicos de um Dragon Quest ou Final Fantasy. Gerenciamento de inventário, exploração não-linear e uso de itens para passar por obstáculos e liberar novas passagens são uns exemplos, elementos que serviram de base para se criar o estilo de survival horror que conhecemos hoje. Porém naquele momento Sweet Home só estava tentando ser um RPG com a temática de terror.

Depois de tantos anos, a jogabilidade de Sweet Home continua tendo um enorme apelo. Bom, pelo menos para mim tem. Ela funciona principalmente para aqueles que buscam conhecer a história dos jogos de terror ou até mesmo de Resident Evil. Suas mecânicas ficam ainda mais fantásticas se a gente considerar o período em que ele foi feito. Você consegue mudar de personagens e fazer novas divisões de grupo a qualquer momento, ajudando na exploração e na forma como você passa pelos obstáculos.

Os visuais são outro ponto que eu destaco bastante porque o jogo conseguiu, com uma excelente direção artística, ser capaz de superar as limitações gráficas do Nintendinho. São imagens grotescas e sombrias que constrói uma atmosfera muito boa de mansão amaldiçoada. E com um certo exagero em alguns monstros que eu pessoalmente acho cativante. Ainda vale muito a pena conferi-lo!

CASTLEVANIA III: DRACULA’S CURSE / PLATAFORMA / 1990

Um problema que eu vejo na relação das pessoas com jogos, e filmes também, de terror é que elas focam muito nos sentimentos de medo e/ou repulsa que a obra supostamente deveria provocar. Ou então elas pensam nos temas mais sombrios que o gênero costuma abordar. Contudo, essas pessoas esquecem que o terror também tem um componente estético.

Nesse contexto, a franquia de Castlevania cabe perfeitamente como exemplo. Ela tira muita inspiração de terror gótico na sua ambientação, além dos monstros mais clássicos do gênero. Basta ver a cena de créditos do primeiro Castlevania. Você nota várias referências a figuras conhecidas da história do terror na literatura, mitologia e cinema.

Duas imagens do jogo Castlevania III: Dracula's Curse

Então já que estamos falando de clássicos, acho mais do que válido citar um dos jogos mais antigos da franquia. Castlevania III: Dracula’s Curse é outro que dentro da sua limitação gráfica consegue fazer um excelente trabalho em representar essa estética do terror gótico e trazer esse clima de castelo sombrio dos filmes antigos. A jogabilidade é outro fator que dá pra exaltar comparado com o primeiro jogo. E vamos esquecer que houve um segundo.

Ele evoluiu em termos level design com a possibilidade de seguir por diferentes rotas habilitando diferentes personagens. O único fator que se mostra um imenso obstáculo é a sua dificuldade implacável, aumentada pelos controles pesados da época. Por vários momentos você se sente inclinado a abandonar o jogo e é plenamente compreensível o fazê-lo. Para muitos essa dificuldade não é instigante ou satisfatória e só leva a frustração.

ALONE IN THE DARK / AÇÃO-AVENTURA / 1992

Alone in the Dark é um clássico jogo de terror que se tornou um dos precursores do gênero de survival horror

Alone in the Dark é o segundo avô do survival horror que mencionei e outra inspiração direta para Resident Evil. Assim como Sweet Home, ele é retroativamente classificado como survival horror, entretando nesse caso eu consigo até aceitar mais o rótulo. De qualquer forma, acho que Alone in the Dark cabe melhor no gênero de ação-aventura e por isso mantive ele na lista.

A jogabilidade enfatiza a resolução de puzzles e exploração da mansão, porém tem mais ação envolvida. O jogo te dá mais agência ao permitir que ataque os monstros com socos, chutes e objetos além de outras ações como pular, correr, escalar, etc. O maior problema aqui é que diversas vezes os itens que você pode coletar não estão bem destacados no mapa, assim é muito fácil deixar passar algo despercebido.

Também tendo uma influência do H.P. Lovecraft, Alone in the Dark vem com um clima mais de mistério e aventura do que terror propriamente dito. Há muitos elementos sobrenaturais e o texto do jogo enfatiza muito temas lovecraftianos de ocultismo e insanidade. Só que a paleta de cores mais vibrantes do jogo acaba dando ele esse espírito mais aventuroso do que perturbador.

Infelizmente a característica que antes fez o jogo ser revolucionário na sua época, por trazer o terror para um ambiente 3D, hoje acaba sendo a característica que irão chamar de datada. Um jogador que consiga ter a mente mais aberta para gráficos 3D antiquados dos anos 90 pode consegue relevar esse aspecto. Agora os controles do jogo são mais difíceis de se aceitar hoje em dia. Contudo temos um remake anunciado há algum tempo e que vai dar uma repaginada total na gameplay de Alone in the Dark então talvez a franquia consiga se reintroduzir no cenário atual dos jogos de terror.

SPLATTERHOUSE 3 / BEAT’EM UP / 1993

Splatterhouse 3, beat'em um com temática de terror

Temos aqui outro título que, tal como Castlevania, tem uma forte ligação estética com o terror. Splatterhouse pega muito dos visuais mais grotescos de filmes de terror da década de 80, sendo duas grandes influências dos filmes do Sam Raimi e também o terror cósmico lovecraftiano.

Tanto o primeiro quanto o segundo jogo tem seu apelo nesses visuais que eu acho incríveis. Mas se formos considerar a jogabilidade, os dois ficaram bem antiquados. Ainda acho que vale muita a pena jogar os primeiros, pórem tendo a recomendar mais o terceiro. Ele ainda se mantém um beat’em up da velha guarda bem decente e com mais chances de agradar um público mais novo.

Além disso, tem alguns aspectos dele que o tornam mais interessante em relação aos outros beat’em ups contemporâneos como a trama se alterar caso o personagem não consiga cumprir alguns objetivos a tempo. Isso adiciona uma tensão maior ao típico timer que alguns jogos incluíam e dá mais valor de replay ao jogo. Também dá uma certa frustração inicial até você aprender as manhas para passar de uma fase mais rápido.

PARASITE EVE / RPG / 1998

Parasite Eve, clássico do PlayStation, se diferenciou do survival horror da sua época ao seguir por uma jogabilidade de RPG de ação

A Square Enix tem todo um cemitério de franquias de RPG que acabaram não indo muito além dos anos 2000. Infelizmente Parasite Eve foi uma delas, com duas sequências que nunca conseguiram chegar aos pés do original. Junto com Dino Crisis, é um dos poucos jogos que defendo um remake na esperança de revivê-lo no imaginário popular.

Nem todo mundo sabe, mas Parasite Eve é na verdade uma sequência direta de um livro de terror sci-fi japonês de mesmo nome. Livro este que eu nunca li na vida a não ser pelos detalhes da história que são incluídos no próprio jogo. Parasite Eve vem numa época em que a Square Enix estava dando uma guinada cinematográfica nos seus títulos, assim o jogo se esforça bastante para emular várias das técnicas e ângulos de filmagem.

Com um sistema de batalha bem único para época, a mistura de elementos de ficção científica e body horror, a ambientação pouco usual para RPGs e uma das melhores protagonistas, Aya Brea, da história dos jogos, Parasite Eve é uma obra fenomenal. A relação entre a protagonista e antagonista, Eve, carrega muito a trama. Acho que acaba se perdendo um pouco no final quando se deixa cair no espetáculo hollywoodiano, mas ainda assim é uma experiência fantástica.

Contudo a popularidade de Resident Evil deixou a audiência muito condicionada a um tipo de gameplay específico. Não foi a toa que a sequência de Parasite Eve teve que se comprometer. Tanto a sua jogabilidade quanto seus cenários foram adaptados para deixá-lo parecido com um surival horror padrão. De qualquer forma, continua uma das melhores experiências do PlayStation no que tange a RPGs de ação.

ETERNAL DARKNESS: SANITY’S REQUIEM / AÇÃO-AVENTURA / 2002

Infelizmente um pouco apagado do imaginário popular, Eternal Darkness: Sanity's Requiem foi um dos jogos de terror mais originais da sua época

A esse ponto Lovecraft já virou uma buzzword na lista. Mas então… Eternal Darkness é outro jogo com muita influência lovecraftiana. Dessa lista eu acho que ele é o melhor expoente do terror cósmico. Ele é o que mais explora a ideia de criaturas interdimensionais que fogem a compreensão humana. Elas são um ponto central da trama bem como os temas de insanidade perfeitamente incorporados na jogabilidade.

Narrativamente falando também é uma ótima experiência. Você viaja por diversas linhas do tempo e personagens que dá uma qualidade bem épica a sua história. Aqui o maior problema é o ritmo já que algumas sequências parecem acabar rápido enquanto outras se estendem mais do que deveriam.

A perda de sanidade torna-se não apenas um tema, mas como também uma mecânica. Quanto mais os personagens são afligidos pelos eventos sobrenaturais a sua volta o jogo cria diversos delírios para deixar a atmosfera mais insana. Estátuas se mexem, sangue escorre das paredes e até há quebras de quarta parede com falsas telas de game over.

Assim como Alone in the Dark, o jogo carrega muito um sentimento de mistério e aventura que consegue ser absurdamente instigante. O sistema de magias foi um diferencial notável que ressalta os temas de ocultismo que combinam com esse tipo de história. Porém aviso que os controles não são os melhores. Se distinguindo bastante do que se tinha de referência em jogo de terror, é uma pena que o jogo ficou preso no GameCube dificultando que mais pessoas tivessem acesso a ele.

METRO 2033 / FPS / 2010

Uma das fases de Metro 2033 onde você precisa proteger uma estação de um ataque de monstros

Desde que eu assisti A Estrada anos atrás eu adquiri um gosto por histórias pós-apocalípticas que possuem um tom mais melancólico na sua narrativa. Isso que me levou a apreciar tanto Metro 2033, o jogo porque nem por um milagre eu consigo achar uma edição do livro original em português e barata nesse país!

Depois de anos, tive que apelar para a Amazon!

Uma coisas que precisa ser esclarecida logo de cara é que Metro 2033 não é bem um “jogo de terror” propriamente dito. Existem vários elementos de terror ao longo da sua gameplay, porém é perfeitamente cabível tratá-lo apenas como um FPS pós-apocalíptico. Mas acho importante incluí-lo na lista para tentar malear um pouco a percepção dos jogadores do que se pode fazer com o terror. Basta ver o que o mapa de Ravenholm faz em Half-Life 2.

A jogabilidade em si não é tão especial, ainda mais se você estiver jogando a primeira versão. Os níveis se destacam muito mais pela jornada emocional passada e narrada pelo seu protagonista, Artyom, como um belamente construído mundo pós-guerra nuclear. E quando Metro 2033 cria sequências de terror na sua gameplay ele a faz com maestria, seja causando medo ou trazendo um sentimento de desesperança.

THE STRANGE MEN ANTHOLOGY / AVENTURA / 2012-2017

The Strange Men Anthology é uma série de jogos de terror do Wolf RPG Editor composta por: The Crooked Man, The Sand Man, The Boogie Man e The Hanged Man

Ok, admito que dei uma leve trapaceada aqui para recomendar quatro jogos no lugar de um. Em minha defesa, considero que The Strange Men Anthology fica melhor sendo encarado como uma série episódicas igual títulos da Telltale Games. Todos os quatro jogos são de autoria de Uri, uma gamedev indie japonesa que já está há uns anos na internet criando jogos pelo Wolf RPG Editor, um primo do mais conhecido RPG Maker. Curiosamente o RPG Maker é palco para muitos jogos de terror, incluindo survival horror como o caso de Vila do Nevoeiro.

Além de passaram no mesmo universo, os quatro jogos dividem algumas similaridades temáticas, visuais e de gameplay. Todos dão uma ênfase em puzzles e histórias que exploram personagens assombrados por eventos traumáticos na sua vida. Cada capítulo possui um antagonista que dá nome ao jogo – The Crooked Man, The Sand Man, The Boogie Man e The Hanged Man, sendo esse último mais um símbolo do que um personagem – e os protagonistas de cada história aparecem nas seguintes como coadjuvantes.

O que eu acho mais interessante nessa série é como a Uri consegue dar uma atmosfera diferente para cada um dos jogos em diferentes gêneros do terror. Você tem um horror sobrenatural, fantasia sombria, thriller psicológico e terror psicológico. Inclusive esse foi um tema de um dos meus textos que trouxe do meu Medium pra cá. Os arcos de cada personagem são bem escritos e, como eu disse, a Uri tem uma boa noção de como dar uma atmosfera de terror dentro dos limites possíveis de se alcançar no Wolf RPG Editor. Ela evolui a cada novo título da antologia e por isso reforço que vale a pena jogar a série toda.

LITTLE NIGHTMARES / PLATAFORMA / 2017

Little Nighmares, excelente jogo de plataforma e terror

Desde pequeno eu sou muito chegado a jogos de plataforma e atualmente a ficção de terror é um dos meus maiores interesses. Então quando surge um título que mistura essas duas coisas eu me sinto na obrigação de ir atrás dele. Little Nightmares é a soma perfeita de ambas as partes.

O jogo relembra bastante jogos de plataforma cinematográficos como Prince of Persia e Another World, pela naturalidade e realismo dos movimentos da protagonista Six. Apesar desse realismo o universo do jogo, como próprio nome indica, é um pesadelo. Little Nightmares se sobressai bastante na sua abordagem de combinar mecânicas de plataforma com puzzles. Os obstáculos são tão bem construídos que basta olhar o mapa que você entende na mesma hora o que precisa ser feito.

Prestar atenção no mapa também tem outra função importante porque o jogo usa e abusa de narrativa ambiental para contar a sua história e estabelecer uma atmosfera bem densa e sombria. Eu o já classifico como um clássico moderno dos jogos de terror e incentivo qualquer um a conhecê-lo, até mesmo para quem não é fã nem de plataformas ou de terror.

HELLBLADE: SENUA’S SACRIFICE / AÇÃO-AVENTURA / 2017

Hellblade: Senua's Sacrifice pode não ser um jogo de terror, mas com certeza é um dos jogos mais aterrorizantes da última década

Metro 2033 eu considero com FPS com elementos de terror. Por outro lado, Hellblade eu costumo dizer que é um jogo de terror que tem elementos de ação-aventura. Não existe um momento desde a sequência de abertura que ele não deixe de enfatizar o horror psicológico pelo qual a protagonista Senua passa.

Esqueçam o combate e os puzzles do jogo, o destaque aqui é todo da sua atmosfera. É uma das mais aterrorizantes que já foram criadas para os vídeo games, deixando muito survival horror no chinelo. Tanto é que eu ponho Hellblade: Senua’s Sacrifice em pé de igualdade com Silent Hill no que tange a representação de terror psicológico nos vídeo games. Tem dia que até o coloco um pouquino na frente porque tenho um fraco por mitologia também.

Esse é outro ponto que eu gostaria de destacar que é ambientação na mitologia nórdica de Hellblade, com um cenário que seria lindo de se observar se a gente não estivesse constantemente passando por sequências de puro pesadelo com a personagem. Há também um trabalho primoroso de atuação aqui de captura de movimento e dublagem aqui que faz o jogo ter uma experiência cinematográfica fortíssima.

E se eu puder dar uma dica final: joguem com fones de ouvido. É de arrepiar cada pelo do corpo!


FATAL FRAME: THE MOVIE / 2014

Fatal Frame: The Movie é um título para cinema de Fatal Frame, uma das melhores franquias de survival horror dos vídeo games

Eu queria muito incluir algo sobre Fatal Frame aqui já que, como falei, ela se tornou minha franquia favorita de jogos de terror. Porém ia fugir da proposta de não falar sobre jogos de survival horror então tive que mantê-la de fora. Mas já que muita gente tem o costume de assistir filmes de terror nessa época, pensei que seria uma boa incluir esse item na lista já que poucos o conhecem. E deveria, porque ele é um exemplo ótimo de como fazer essa transição do vídeo game para o cinema.

É necessário abrir com um aviso aqui para quem já está familiarizado com franquia que esse filme não tem muito a ver com os jogos. Ele na verdade é a adaptação de um romance de 2014 escrito por Eiji Otsuka chamado Zero: A Curse Affecting Only Girls (título NADA óbvio, não é mesmo?). Com direção de Mari Asato, o filme foi lançado quase que simultaneamente com o romance, tudo parte de um evento promocional antecipando o lançamento do último jogo da franquia, Fatal Frame: Maiden of Black Water.

A história gira em torno de uma escola católica só para meninas onde diversas alunas começam a desaparecer por conta de uma foto que acredita-se estar amaldiçoada. O filme aborda alguns temas LGBT, mais especificamente a repressão que casais homoafetivos ainda sofrem na sociedade japonesa. Por contar com uma visão feminina da diretora Mari Asato, o filme de Fatal Frame consegue trabalhar esses temas muito melhor que o romance.

Muito menos focado nos sustos baratos e tentando ser uma experiência mais inquietante do que assustadora, o filme é bem efetivo na construção da sua atmosfera. Existe algumas referências pontuais a franquia colocados aqui e ali para os fãs mais atentos, mas o foco é muito mais nos temas do que buscar uma representação mais fiel da série original. Por isso costumo recomendar mais para aficionados do cinema de terror do que dos jogos.


Agora a lista está concluída. Tentei fazer uma escolha bem diferenciada dentre gêneros, plataformas e gerações diferentes de jogos e espero que algum desses capte o interesse de algum leitor. Caso queira ler mais alguma coisa também mais dois outros textos aqui que no blog cobrindo dois jogos de terror, só que nesse caso survival horrors:

Para finalizar, convido a todos a deixar outras recomendações nos comentários e desejo um feliz Dia das Bruxas para vocês. Ou um feliz Dia do Saci se preferirem!


Backlogger precisa do seu apoio para crescer. Então, por favor, compartilhe ou deixe um comentário que isso ajuda imensamente o blog. Você também pode me seguir em outras redes como TwitterFacebook e Tumblr

2 comentários em “10 jogos (e 1 filme) de terror que não são survival horror”

  1. Castlevania III realmente é um puta clássico dos jogos de terror, é uma pena que a versão americana seja tão absurdamente difícil. Eu já ouvi dizer que a original japonesa é bem mais justa (afinal pau no cu dos yankes), mas ainda não parei pra fazer o teste.

    Dessa (excelente) lista, me interessei por Splatterhouse 3, apesar de não ser muito familiarizado com Beat ‘em ups, acho que vou, er…, “adquirir” aqui pra dar uma jogada e ver como é. Parasite Eve e Alone in the Dark também já estavam no meu radar há algum tempo, acho que esse era o pontapé que faltava pra eu criar coragem e jogar de uma vez.

    1. Malditos americanos! Fizeram o mesmo em Wonder Boy in Monster World deixando o último boss quase que impossível de se ganhar. E tem o clássico caso de The 7th Saga que é extremamente mais difícil na versão ocidental.

      Splatterhouse 3 é muito da hora, eu até recomendo os dois primeiros mesmo sendo mais antiquados. O maior problema do Splatterhouse 3 se você for uma jogador de primeira viagem é pra conseguir o true ending. Você vai ter que fazer algumas runs até conseguir completar (o último boss também é meio fdp). Parasite Eve eu recomendo imediatamente! Puta RPG gostoso!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima