Vocês sabiam que o Backlogger tem uma seção de listas de recomendações? Não sabiam?! Ora, ora! Mas não deveria ser uma surpresa, né? Afinal a última lista que eu publiquei foi em janeiro desse ano!

Bom, o que aconteceu é que eu escrevi tanta coisa nesses últimos meses que acabei não parando para pensar em jogos ou qualquer outra mídia que eu quisesse recomendar. Contudo, nesse último mês me bateu uma vontade de escrever uma lista nova. Porém eu não queria fazer algo genérico como “10 RPGs que você deveria conhecer”. Deixo isso para os ChatGPTs da vida.

Minha ideia era bolar uma lista que tivesse um pouco mais de “personalidade”. Ou pelo menos de algo que não fosse tão conhecido assim no mainstream gamer. Não é síndrome de underground, é apenas que nada adianta fazer recomendações que todo mundo fala. Aí seria só chover no molhado. Então, depois de bater muita cabeça, finalmente me veio uma luz com uma ideia de lista que eu gostaria de fazer de fato. Mas antes disso preciso perguntar:

VOCÊS CONHECEM O OPENBOR?

OpenBOR é um motor de código aberto para desenvolvimento de jogos no estilo beat'em up originado de Beats of Rage
Briga de rua em código aberto!

Nos últimos meses, mais ainda nas últimas semanas, eu comecei a desbravar um pouco as terras do OpenBOR. E o que seria isso? Eu falo bastante de RPG Maker por aqui, né? Pois bem, o OpenBOR seria o RPG Maker dos beat’em ups. Copiando de um texto anterior meu:

(…) o BOR ali é uma sigla para Beats of Rage, um antigo projeto do Senile Team que faz tributo a franquia Streets of Rage. Desse jogo derivou-se a engine que hoje é chamada de OpenBOR que é um software open-source para criação de beat’em ups 2D. A engine é bem popular no seu meio e gerou uma comunidade ativa e cooperativa com seus membros.

Eu tenho gostado bastante de conhecer os jogos feitos no OpenBOR porque é um tipo de desenvolvimento amador que eu sempre gostei. Eu falo amador no sentido que eles fazem por gosto ou curiosidade, não por profissão. Em questão de habilidade, muitos fangames mostram um talento genuíno por parte dos seus autores.

Então já que eu gosto tanto de saudar esses desenvolvedores, achei que seria uma boa oportunidade para recomendar alguns dos jogos que eu mais gostei nesses meses. Na lista principal serão 7 recomendações, mas também vou deixar umas menções honrosas. Também incluí todos os links para download desses jogos uma vez que a distribuição deles é gratuita. Tive que ir caçar até no Internet Archive para encontrar uns deles.

Enfim, vamos a lista. Ah não, calma aí! Tenho mais duas coisas para pontuar. Primeiro, sobre a classificação. Como todas que eu faço, não existe nenhuma organização por ordem de qualidade. Acho isso bobeira. Só o primeiro e o último que eu escolhi especificamente para as respectivas posições porque tenho os meus motivos.

O segundo ponto é sobre meu amigo e criador de conteúdo que vivo citando no blog, o Savino. Além do canal de YouTube, ele tem uma revista focada em beat’em ups chamada Brawler’s Alley. É um trabalho de qualidade, disponibilizado gratuitamente no formato digital e que eu recomendo muito de se conferir. Estou mencionando isso porque o Savino me disse que vai sair uma edição com uma matéria especial sobre OpenBOR em setembro. Ele ainda não sabe a data exata, mas assim que sair eu atualizo o texto com o link. Agora sim, seguem as recomendações:

1. BEATS OF RAGE, POR SENILE TEAM

Acho que é até moralmente errado fazer uma lista sobre jogos de OpenBOR e não começar com Beats of Rage, o primeiro de seu nome. É o jogo que iniciou tudo portanto é meio que uma obrigação jogar para conhecer a história da engine.

Mas confesso que em termos de beat’em up eu não acho ele particularmente excepcional. Diria até que Beats of Rage não é nem um jogo especificamente de OpenBOR tão excepcional assim.

Obviamente que não há o que criticar nos “gráficos” dos personagens afinal riparam os personagens de The King of Fighters. Logo você tem ótimos designs e animação. Os cenários, por outro lado, não chegam a encher os olhos assim. Já em gameplay, Beats of Rage é aquilo que você esperaria de um fangame de Streets of Rage.

Beats of Rage, o jogo que inaugurou o OpenBOR

Todos os principais golpes estão ali: combo de 4 hits, dois tipos de ataques com pulo, especial, desesperation attack, agarrar e lançar os inimigos. Você tem até a mandatória fase do elevador. As únicas coisas a ficarem de fora são as armas. Tenho problemas com as fases por serem excessivas batalhas contra hordas de inimigos que se estendem um pouco demais. Não é nada que deixe o jogo ruim, só não existe algo muito significativo em mecânicas aqui. Se você jogou um beat’em up na vida já sabe o que te espera.

Mas tudo isso que eu falei não importa tanto assim porque o valor atual de Beats of Rage não está na sua gameplay. O que motiva a experiência é a sua qualidade histórica para o surgimento do OpenBOR e toda a comunidade que se formou ao redor da engine. Se quiser você pode começar sua jornada por outros jogos que vieram no futuro e elevaram o padrão do que se podia alcança nessa ferramenta. Mas é uma crença pessoal minha que vale a pena sempre conhecer um pouco da origem de qualquer coisa que capte o seu interesse.

2. CAVERNA DO DRAGÃO, POR ZVITOR

Fangame de Caverna do Dragão feito pelo desenvolvedor de jogos brasileiro ZVitor

Era um tanto óbvio que Caverna do Dragão ia marcar presença na lista já que eu falei dele aqui recentemente. Eu TINHA que inclui-lo pois foi esse jogo que me serviu de porta de entrada para o OpenBOR.

Além de ser um fangame da série animada que foi tão popular aqui no Brasil, Caverna do Dragão paga tributo a outros jogos de arcade dos anos 90 como Knights of the Round e The King of Dragons. Esse último vai voltar na lista ali pro fim. Tudo que eu tinha para falar desse jogo eu já disse no meu texto portanto só vou reforçar alguns pontos.

O maior destaque da gameplay de Caverna do Dragão é a mecânica de poder alternar entre os personagens da série a qualquer momento nas fases.

Com isso você pode se adaptar melhor para diferentes situações, sobretudo nos chefões que tem personagens específicos que funcionam muito melhor contra eles. Caverna do Dragão também puxa o sistema de aprimoramento de armas de The King of Dragons, mas nesse jogo o atributo a ser evoluído varia de acordo com o personagem que pegar o upgrade. Isso aumenta a noção de classe e dá mais outro incentivo de ficar alternando entre eles.

Nas versões mais recentes o ZVitor incluiu mais duas campanhas no modo história. Agora você pode jogar com mais personagen do universo de Caverna do Dragão como o Mestre dos Magos e o Vingador. Em questão de desafio, não é um jogo difícil quando você percebe qual personagem é mais adequado para determinada situação. O maior problema é chegar no final e descobrir que tinha um true ending e ter que reiniciar o jogo todo de novo.

Para quem gostava do desenho de Caverna do Dragão, não irá se decepcionar!

ALGUMAS MENÇÕES HONROSAS

Daria para fazer todo um texto a parte para recomendar outros fangames que o ZVitor desenvolveu. Uma vez lendo uma lista de recomendação desses jogos de OpenBOR, quatro dos dez itens citados eram dele. O homem simplesmente não para. Isso vai além do beat’em up porque o ZVitor também é um entusiasta dos jogos de luta então tem todo um outro portfólio que daria para citar aqui.

Vou me limitar aqui a apenas citar alguns jogos senão o texto vai ficar muito maior do que eu já imagino que ficará. São também de autoria do ZVitor:

É beat’em up o suficiente pra te alegrar por semanas então deem uma conferida.

3. TEENAGE MUTANT NINJA TURTLES: RESCUE-PALOOZA, POR MERSO X

Teenage Mutant Ninja Turtles (TMNT): Rescue-Palooza é um Fangame com letra maiúscula!

Se você é ou já foi fã da franquia das Tartarugas Ninjas, esse jogo é feito para você. Se inspirando nos jogos de arcade de TMNT dos anos 90, Rescue-Palooza aglutina um emaranhado de referências que percorre dos jogos até outras mídias da marca, passando pela série animada e indo pelo tour musical. Sim, isso existiu!

Mas mesmo que você não ligue para as referências, o jogo te entrega uma experiência ótima de beat’em up com uma jogabiliade muito acima da média que você encontra no OpenBOR. Já começa que Rescue-Palooza segue numa pegada não-linear onde você pode completar as fases na ordem que quiser pelo mapa-múndi. Ao final de cada fase você habilita um novo personagem selecionável, tanto do lado dos aliados quanto dos vilões.

TMNT: Rescue-Palooza, fangame de Tartarugas Ninja e um dos melhores jogos de OpenBOR

Tem uma imensa variedade de fases, algumas até alternam entre a tradicional perspectiva de belt scroll para a de side scrollers de plano único que dão uma ênfase também em desafios simples de plataforma. Em alguns momentos você tem acesso a robôs que te ajudam no combate ou até o ooze que faz o personagem ficar temporariamente gigante e invulnerável. É uma das gameplays mais dinâmicas que eu encontrei no OpenBOR.

Se for pra listar um defeito, eu só diria que TMNT: Rescue-Palooza peca pelo exagero. São muitas fases, muitas mesmo. Na reta final você já não está com a mesma paciência do início e fica torcendo para o jogo acabar logo. Principalmente no último estágio onde você não enfrenta nem um, nem dois, nem três, mas sim quatro chefões finais consecutivamente. Fora isso, esse é definitivamente um dos jogos de OpenBOR mais must play que existem.

4. METAL SLUG RESISTANCE, POR OPENBOR SOCIETY

Metal Slug Resistance, run 'n gun baseado na franquia homônima feito no OpenBOR

Sendo sincero com vocês, Metal Slug Resistance não é um jogo que eu gostei. Ele não chega nem aos pés do pior Metal Slug que você possa imaginar. Tem muito detalhezinho na jogagilidade desse fangame que simplesmente não consegue transmitir a mesma diversão que a franquia proporciona.

Há problemas de colisão, principalmente na hora de pular, e os controles não são tão bons quanto os jogos originais. Fora que por vezes você não sabe se seus tiros estão de fato causando dando nos veículos de combate inimigos, falta impacto. Enfim, no geral a gameplay não é das melhores.

Então por que diabos eu estou recomendando Metal Slug Resistance? Ora, porque é um jogo de run ‘n gun feito no OpenBOR!

Até existe uma versão beat’em up de Metal Slug, também feita no OpenBOR, que parece muito melhor que o run ‘n gun. Mas quis recomendá-lo porque achei muito curioso a tentativa de reproduzir um estilo diferente do gênero para o qual a engine foi projetada. No meu último texto de RPG Maker eu falo como uma das coisas que mais admiro nos makers é quando eles tentam criar jogos que não são RPGs nessa ferramenta. O mesmo princípio se aplica ao Metal Slug Resistance.

Mesmo não sendo um jogo muito bom, acho que vale a pena dar uma checada nele só para ver o que o pessoal consegue fazer dentro do OpenBOR. Ah, e tem uma menção honrosa também para esse tópico:

OUTRO NÃO-BEAT’EM UP: CASTLEVANIA – LEGACY OF DRACULA, POR PIERWOLF

Também não acho esse um bom jogo de Castlevania. Talvez ele só não seja pior que, sei lá, Haunted Castle.

Há problemas de colisão aqui que afetam bastante a experiência esperada de um jogo de plataforma. Fora uns hitboxes bem zoados dos inimigos e ataques que você dificilmente consegue desviar. Além disso o desbalanceamento piora a gameplay também. Enquanto chefões esvaziam seu HP em poucos hits, leva um tempo absurdo para você conseguir derrotá-los. Os controles não ajudam muito. Você provavelmente terá que recarregar a mesma fase várias vezes, porque não tem continue e ainda tem um bug no qual você não ganha uma vida extra ao atingir um certo valor no score.

Mas achei que foi uma tentativa válida de tentar recriar outro gênero dentro do OpenBOR, então também recomendo esse pelo fator da curiosidade.

5. POWER RANGERS: BEATS OF POWER, POR MERSO X

Minha ideia era manter apenas uma recomendação por autor na lista. Entretanto eu não podia deixar Power Rangers: Beats of Power de fora já que ele quem motivou a ideia desse texto para início de conversa. E TMNT: Rescue-Palooza é tão bom que também não teria possibilidade de eu não recomendá-lo. Portanto, o Merso X ganhará uma exceção.

Eu mencionei esse jogo recentemente no meu texto de Power Rangers: O Filme e mais uma vez venho reforçar a recomendação. Para mim ele pega o que os jogos de Super Nintendo e Mega Drive tinham de melhor a oferecer e nos entrega enfim um beat’em up decente dos Power Rangers. Não é um projeto tão ambicioso quanto o Rescue-Palooza em escopo, mas nem por isso deixa de ser uma ótima experiência.

Power Rangers: Beats of Power, excelente fangame de Power Rangers baseado nos jogos de Super Nintendo e Mega Drive

Ele corrige o principal defeito do beat’em up do Mega Drive que era não ter uma variação de inimigos, assim o fangame é muito menos repetitivo além de ter uns desafios extras nas fases que foram mais do que bem-vindos.

Óbvio que tem muitas referências e mais oportunidades para usar todos os Zords das primeiras temporadas de Power Rangers, além de um bom retrabalho dos sprites tirados dos jogos. Aqui eu elogio principalmente a atenção dada na sonoplastia. Para nós brasileiros não tem o mesmo impacto sem a dublagem nacional, mas em relação aos músicas e efeitos sonoros não tem erro.

Para complementar esse tópico trago mais duas menções.

UMA MENÇÃO HONROSA E OUTRA NEM
TÃO HONROSA ASSIM

Tempo atrás eu joguei Jaspion: The Game, do R_S, que foi um fangame que eu curti bastante e até chegou a virar tema de um dos textos da minha série Game Cuts. Ele poderia ter entrado nas recomendações, porém me falaram que o jogo era literalmente o Power Rangers: Beats of Power com skin de Jaspion. Isso diminuiu um pouco da magia para mim. Ainda é um beat’em up decente, muito por conta que o jogo que ele reutilizou é muito bom. Se alguém tiver curiosidade, dá pra baixar nesse blog.

Agora a segunda menção, essa bem honrosa, eu vou ter que trapacear um pouco porque é um jogo ainda em produção: Mighty Morphin Power Rangers – It’s Morphing Time!

O jogo também é de OpenBOR, feito por um pequeno grupo de desenvolvedores indie que se juntaram para formar a Pop Hero Games, estúdio que vem com aquela filosofia de “feito por fãs para fãs”. Ainda não tem uma data de lançamento, porém dia 28 agora eles irão disponibilizar uma demo privada para membros do Patreon do estúdio.

Fiquem de olho nesse projeto porque conheço o trabalho de um dos desenvolvedores envolvidos e posso atestar que é um cara talentoso. Inclusive, um jogo dele é a próxima recomendação!

6. AVENGERS: UNITED BATTLE FORCE,
POR DOUGLAS BALDAN (O ILUSIONISTA)

Outro fangame fantástico. O Douglas Baldan também é mais um talentosíssimo desenvolvedor de jogos que utiliza muito – e muito bem – o OpenBOR e é mais um dos responsáveis por elevar o padrão de qualidades dos jogos.

A principal influência para esse projeto foi o Captain America and the Avengers, portanto quem conhece esse título vai se sentir familiarizado com a jogabilidade. Tal como o original, Avengers: United Battle Force segue com aquele sentimento dos quadrinhos antigos, principalmente se utilizando das clássicas onomatopeias de golpes, porém com uma energia mais moderna.

Avengers: United Battle Force, fangame dos Vingadores feito pelo desenvolvedor brasileiro Douglas Baldan

O Douglas aumentou o escopo do jogo original adicionando muito mais personagens, não somente daqueles que você pode controlar como também daqueles que você pode chamar para te ajudar na batalha com um ataque especial.

Houve um grande esforço para implementar mais personagens e, principalmente, para fazer o jogador sentir que eles tem mais diferença do que apenas uma skin diferente. Contando com diversas fases, Avengers: United Battle Force te permite variar nas suas escolhas e grande parte da graça do jogo vem de toda hora estar escolhendo um Vingador diferente para testar seus golpes.

Esse é algo que eu chamo de “jogo completo em andamento”. Ou seja, se você baixar a atual versão 2.74, lançada em 2018, você terá a sensação de jogar algo com começo, meio e fim. Porém essa ainda não é a versão final do Avengers: United Battle Force e quem tiver acompanhando o Douglas pelo Twitter verá que volta e meia ele retorna ao projeto para expandir a gameplay. Portanto é bem possível que num futuro – distante ou próximo eu não sei dizer – veremos uma versão 3.0 por aí!

SÓ MAIS UMA MENÇÃO HONROSA:
POCKET DIMENSIONAL CLASH 2

Assim como o ZVitor, o Douglas também tem um passado na comunidade de M.U.G.E.N, uma popular engine de jogos de luta. Um dos seus projetos antigos é o Pocket Dimensional Clash que ele iniciou em 2002, porém abandonou há anos para dar sequência no OpenBOR como um sucessor espiritual.

O jogo vai na linha dos beat’em ups de NES e dá para classificá-lo como “Multiverso da Loucura versão video-game”. Nele você controla vários personagens pulando de jogos em jogos para arrumar a linha do tempo deles. Assim como o Avengers: United Battle Force, o jogo ainda não se encontra na sua forma final e talvez o Douglas volte nele quando lançarem Mighty Morphin Power Rangers – It’s Morphing Time. Portanto sejamos pacientes!

7. KNIGHTS & DRAGONS: THE ENDLESS QUEST*,
POR PIERWOLF

Knights & Dragons: The Endless Quest, um dos melhores jogos de OpenBOR já feitos

*precisa fazer uma conta no fórum para liberar o download

Hora de fechar a lista com chave de ouro porque esse aqui virou o meu jogo de OpenBOR favorito dado que ele também tem uma influência direta de The King of Dragons. Coisa que eu esqueci de mencionar quando falei de Caverna do Dragão é como The King of Dragons é meu beat’em up favorito da vida porque reúne duas das coisas que mais gosto: ambientação de fantasia medieval e elementos de RPG.

Em relação ao fangame, já tinham me recomenado ano passado num comentário aqui no blog no meu texto sobre curva de aprendizagem e me arrependo de não ter jogado antes. O que eu não elogiei do outro jogo do Pierwolf, Legacy of Dracula, eu elogio aqui. Knights & Dragons: The Endless Quest é fantástico! O jogo é praticamente uma sequência de partidas de RPG de mesa – e Dungeons & Dragons é uma evidente referência aqui – no formato de um beat’em up com elementos de RPG de ação.

Tal como em The King of Dragons, você tem diferentes personagens de diferentes classes que sobem de nível conforme você derrota inimigos. No mapa-múndi você tem liberdade de escolher as missões que quiser, na ordem que quiser e conforme as completa vai liberando novas missões mais longas e mais difíceis. Assim existe uma certa continuidade entre algumas dessas fases e no final você pode decidir entre uma das três missões finais para concluir o jogo.

Assim como TMNT: Rescue-Palooza é um jogo que tem muitas fases. Porém aqui a quantidade não chegou a me incomodar como no outro porque é uma proposta que demanda um tamanho maior pra ter essa qualidade épica. Além disso, não é necessário completar todas as missões se você quiser ir apenas por uma narrativa.

Enfim, nada muito a dizer além de rasgar mais elogios. Recomendado não só para fãs de The King of Dragons, mas como para fãs de RPG em geral.


Listinha de jogos de OpenBOR concluída, galerinha do mal!

Espero que algum desses títulos tenha chamado a sua atenção e quanto mais deles vocês jogarem será melhor. A comunidade de OpenBOR é muito bacana e tem várias pessoas criativas e talentosas por lá que merecem reconhecimento. E jogo é o que não falta.

Citei bastante coisa aqui, mas isso não é nem a superfície de tudo que você pode encontrar por essas comunidades. Claro que a qualidade varia bastante, então você vai encontrar de pérolas até algumas bombas. O importante é apreciar esse lado do desenvolvimento de jogos que não recebe o mesmo prestígio que deveria pois, repito mais um vez, existe muita gente incrível ali dentro que merecia muito mais reconhecimento pela sua dedicação a esses fangames.


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2 thoughts on “Conhecendo o OpenBOR em 7 jogos”
  1. Muito obrigado pelas palavras, de coração 🙂

    Eu sempre fico muito feliz quando alguém entende a minha visão ao desenvolver um jogo, como vc fez quando comentou sobre não ter personagens que sejam somente skins de outros.

    Espero poder lançar os jogos em breve 🙂

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