Segunda eu publiquei um texto pessoal em que comentava minhas reflexões sobre o fato de falar tanto de RPG Maker por aqui: preservar parte da memória da época na qual eu participei das comunidades brasileiras. Isso porque é uma história que desaparece pouco a pouco conforme os anos passam. O texto me fez pensar em vários dos jogos e projetos inacabados que conheci nesse período, dentre eles O Vagabundo.
Esse era um jogo que misturava duas tendências que surgiram naquela época. A primeira eu já mencionei no texto de Abraxas, onde muita gente usava (e ainda usa) o RPG Maker para criar jogos que não eram RPGs. Ótimos exemplos contemporâneos são: a série de To The Moon e Rakuen. Ambos são jogos de aventura. A outra tendência que surgiu lá no comecinho dessas comunidades e perdurou por um bom tempo foram os jogos de comédia.
Alguns ainda mantinham os elementos de RPG, como Rygar e os Soldados do Rei, enquanto outros procuravam ir para uma linha de jogo de aventura, como a A Ilha™. O Vagabundo pertence a esse segundo grupo. Os jogos de comédia eram frequentes e com o tempo adquiriram uma má-fama significativa dentro dos fóruns. Isso porque muitos makers usavam a galhofa como uma desculpa para deixar o projeto zoado fosse na história ou fosse na jogabilidade.
Mas olhando para trás acho que o pior fator desses jogos era a comédia mesmo. Em vez de explicar é melhor eu mostrar a vocês com exemplos tirados do próprio O Vagabundo:
Quisera eu poder falar que isso era apenas o caso de O Vagabundo. Contudo esse aí era padrão médio dos tipos de “piadas” que você encontrava nos jogos de comédia do RPG Maker. Óbvio que havia exceções como A Ilha™ que eu citei. Porém na maioria dos projetos o que a gente encontrava eram “piadas” desse nível para baixo.
O uso de aspas aqui não é para dizer que esses jogos não eram “humor de verdade”. Comédia por pior que seja continua sendo comédia. A intenção é referenciar a falta de estrutura nas piadas desses jogos. Não havia nem o mais básico de setup e punchline então, para mim, é muito difícil encarar essas tentativas de se fazer humor como piadas de fato. O personagem falava um palavrão, alguma coisa com teor sexual ou simplesmente uma barbaridade na intenção de fazer graça
Comédia é um gênero complicado. Não apenas pela subjetividade do humor, mas também porque é um dos gêneros que tende a envelhecer pior. Acho que todo mundo aqui já passou pela experiência de pegar um filme de comédia que achava muito engraçado quando era mais novo e quando foi revê-lo se decepcionou. Quando falei de Zueirama tangenciei esse tópico ao me lembrar de quão pouco eu ri ao assistir Todo Mundo em Pânico anos atrás. As normas sociais mudam ao nosso redor, tanto quanto nós mesmos, então algumas piadas deixam de ter graça. Algumas produzem até o efeito oposto.
Porém não é somente isso que torna o gênero tão complicado de se trabalhar. Comédia é difícil de se escrever por si só! Não basta ser “uma pessoa engraçada”, é preciso compreender técnicas, ter timing, saber criar uma narrativa que leva a um bom desfecho cômico, buscar referências, etc. Quando a gente fala desse tema no RPG Maker, boa parte dos makers que tentaram seguir nessa empreitada eram adolescentes imaturos que tinham uma noção muito superficial de comédia. Por causa disso elas acabavam tentando replicar da pior maneira possível uma cultura específica de humor que nascia naquele período. Hora do contexto:
A HUMOR DOS ANOS 2000
Meu primeiro contato com o RPG Maker foi durante a minha pré-adolescência que que ocorreu nos meados dos anos 2000. Algo que marcou esse período, especialmente de 2004 para frente, foi que a internet passou a ser mais comum no nosso dia-a-dia
Óbvio que ela continuava inacessível para boa parte da população. Nossa única alternativa era internet discada e nem todo mundo tinha um computador em casa. Porém nesses anos chegaram os primeiros discadores gratuitos, como o iG e o iBest, junto também com as lan houses. Essas foram algumas das novidades que possibilitaram muitas pessoas a ter contato com a internet fora da escola. Além disso, também foi nessa época que se popularizam redes sociais como o Orkut, bate-papos como o da UOL ou programas de chat como o mIRC que ajudaram a criar uma nova cultura naquele espaço digital.
E quando falamos sobre comédia, eu acredito que a internet preencheu a carência de um público jovem que não se sentia tão conectado com o humor das mídias da época. Na televisão, particularmente na TV aberta, tínhamos programas humorísticos muito pautados no tradicional humor popular que conversava melhor com o público mais velho. Exemplos não faltam. Zorra Total, Casseta e Planeta Urgente!, A Praça É Nossa, Os Normais, A Grande Família, Sai de Baixo, Meu Cunhado, reprises de programas antigos como Os Trabalhões ou A Escolinha do Professor Raimundo, etc. Por mais que ainda houvesse jovens que curtissem essa programação – eu aqui – ainda não era algo feito mirando neles.
Nesse cenário a MTV tentou preencher a lacuna formulando sua programação para atender exatamente o público mais jovem. De todos seus programas, hoje considerados históricos, um que podemos destacar foi o grupo de humor Hermes & Renato. Esse é um nome que você imediatamente associa aos anos 2000. Mas vamos ser sinceros, não foi por causa da MTV que Hermes & Renato ficaram conhecidos. Apesar de ser da TV aberta, muitas antenas não conseguiam sintonizar no canal. O que foi estabelecer o grupo no nosso imaginário foi justamente a internet. Isso porque o YouTube foi um lugar em que muitas pessoas tiveram acesso ao grupo pela primeira vez. Tem vídeos postados lá que datam de 17 anos. Figuras como o Boça, Joselito Sem-Noção, Padre Quemedo e as dúzias de citações do Professor Gilmar são conhecidas hoje graças a ação não-organizada de pessoas aleatórias na internet.
Os Irmãos Piologo foram outros que vieram a ser conhecidos graças as possibilidades do mundo digital ao criarem o Mundo Canibal. As animações da Avaiana de Pau, Gordinho Tomelirolla, Chuq Nóia, entre outras, foram imensamente populares. Eu tenho um amigo que até hoje fala igualzinho o Pastor Metralhadora. Junto deles também nasciam diversos sites humorísticos que se moldavam a linguagem que a internet desenvolvia na época. Podemos citar o Jacaré Banguela, Não Salvo e Kibe Loco como alguns dos que ficaram mais conhecidos. Podemos falar até mesmo do Rafinha Bastos que, antes de subir aos palcos de stand-up, criava vídeos humorísticos na sua antiga Página do Rafinha.
Acho que o que fez esse tipo de humor funcionar com os jovens foi porque não tinha a mesma roupagem da TV da época associada com os adultos. Não que as coisas tivessem “encaretando”, pelo menos não ainda naquela década. Mas sim porque era um tipo de conteúdo que aparentava ser menos higienizado. Olha só Hermes & Renato que vinha com a proposta de baixo orçamento, contrastando com toda a mega produção que víamos nos programas da Globo. Fora o uso pesado das infames “palavras de baixo calão” com um humor muito mais ácido, escatológico, sexual e escrachado.
Um detalhe é que nessa época bastante se falava que esse tipo de humor era muito apelativo por conta das piadas descaradamente sexuais. Entretanto, se você parar para refletir, a própria TV aberta “do povão” era assim. O que mais havia na TV eram quadros humorísticos no qual a piada era alguma mulher ficar seminua. Muito antes de existirem as Panicats, a atriz Luciana Coutinho, por exemplo, numa das temporadas do Zorra Total tinha um quadro no qual ela ficava coberta só com uma toalha que os personagens tentavam fazer cair. Ou então a Paula Melissa que interpretava a Dona Fifi de Assis na Escolinha do Barulho cuja piada da personagem era acertar uma resposta, ganhar nota dez e então tirar a roupa. Sacanagem sempre fez parte da TV brasileira. Porém era uma sacanagem mais “PG-13” como eu gosto de chamar.
Outra coisa também que eu ouvia dizer era de ser um humor ofensivo. Contudo, mais uma vez TV aberta também não pode se declarar inocente. Muita das piadas dos quadros vinham a custa de um grupo étnico ou minoritários. Só relembrar o Alfredinho que foi um dos primeiros quadros do Zorra Total lá em 1999. Isso se estendeu por um bom tempo porque em 2012 ainda tínhamos personagens como a Adelaide sendo comuns no horário nobre. Só que nesse caso a gente nota umas mudanças quanto a recepção da sociedade com esse tipo de personagem.
A única diferença entre a TV aberta e a comédia de grupos como o Hermes & Renato ou Mundo Canibal é que estes não fingiam que não queriam ofender e chocar. Estavam ali justamente para testar os limites do que poderia ser feito no humor e isso foi repassado para o público da internet também. Costumo dizer que eles herdaram o espírito da TV dos anos 80 e 90 que quando a gente revê hoje já pensa nos problemas que daria se fizesse isso depois da década de 2010. Um dos meus momentos favoritos que eu gosto de lembrar desse período, que eu conheci justamente pela internet, foi quando um dos programas da Xuxa chamou a cantora Gilette e fez ela cantar isso aqui para um auditório que repleto de crianças:
O humor que se formou na internet já começou muito mais despudorado e inconsequente, pois era um reflexo dos seu próprio público participava tanto como consumidor e também na produção. Se você pesquisar o passado de algum youtuber que começou a criar conteúdo ali nos primórdios da plataforma, vai encontrar provavelmente vídeos com um teor bem mais agressivo ou edgy do que dos seus mais recentes.
Muitos irão defender esse período com uma época com mais liberdade criativa e que ajudou a renovar a comédia brasileira para uma linguagem emergente. Outros já dirão que isso só ajudou a perpetuar estereótipos e preconceitos que ainda prevalecem até hoje e ainda tem gente que gostaria que voltassem aqueles tempos “onde não havia mimimi”.
Eu não estender esse debate porque senão o texto nunca vai acabar, porém adianto que acho a discussão válida. Fato é que o humor dos anos 2000 teve seus pontos altos e baixos. E adivinha em qual deles os jogos de comédia do RPG Maker foram se encaixar?
O VAGABUNDO E A COMÉDIA NO RPG MAKER
Quem ingressou no RPG Maker nesse momento de ascensão da internet deve conhecer um nome: Gustavo’s Adventure. Talvez não existe uma referência melhor para os jogos de comédia daquele período. Ele era recheado de palavrões, piadas sexuais – um dos personagens mais conhecidos era o Velho Fimose cuja a piada era que ele transava com uma galinha porque “haha zoofilia haha” – e um humor ácido que por vezes parecia tentar mais ofender do que fazer graça.
Eu tenho sérias dúvidas que se eu jogasse Gustavo’s Adventure hoje eu iria rir tanto quanto ri naquele período. O mesmo se aplica a muitos filmes que eu costumava a achar hilários e quando fui assistir muitos anos depois me bateu uma vergonha alheia tremenda. Mas havia algo que fazia Gustavo’s Adventure se destacar: era um jogo de comédia bem feito!
Dava para ver que o autor estava tentando criar uma história por trás de todo o besteirol e chegou até a fazer uns sistemas criativos. Lembro que em dado momento tem um minigame de atirar em slimes que cria uma visão em primeira pessoa bem interessante considerando a época que ele foi feito. Se eu não me engano a versão 2.3 que nem mesmo o autor sabe mais quando fez.
Contudo não dava pra dizer o mesmo de outros jogos que foram se inspirar em Gustavo’s Adventure, que copiavam até o título seguindo a fórmula: Nome do Personagem + ‘s + Adventure. A má-fama que se formou dos jogos de comédia de RPG Maker como O Vagabundo vinha exatamente de como usavam o humor como uma muleta para não se dedicar aos demais aspectos de uma gameplay. Então você tinha mapas mal desenhados, uma história tosca e diálogos mal escritos, nenhuma criatividade posta na jogabilidade, por aí vai.
Havia a defesa que isso fazia parte da graça do jogo. Até porque algumas das melhores referências de projetos que tínhamos na época também tinham também coisas mal feitas. Só que nesses casos dava para dizer que havia mesmo um sentido na farofada, sobretudo das telas de títulos, pois esses jogos compensavam nos seus outros aspectos.
Já em O Vagabundo, e a legião de projetos não-finalizados, era mais uma tentativa de mascarar a falta de competência com uma suposta intenção cômica. Por isso que os jogos que conseguiram se destacar nesses anos foram os que tiveram algum zelo maior com o projeto.
Daria para citar Las Aventurietas del Robercleiton TURBO, que infelizmente nunca chegou a ficar completo. Esse tinha um humor mais “Jovem Nerd” pautado em referências a cultura pop. Também cito novamente Rygar e os Soldados do Rei, que começou um pouco galhofa e foi melhorando pouco a pouco nas suas sequências. Tanto no senso de humor quanto na gameplay geral. A A Ilha™ também era um exemplo bom, inclusive até hoje eu dou risada quando lembro do payoff final de uma das piadas que você nem ao menos percebe que estava sendo construída. Infelizmente não consegui encontrar nenhum registro do jogo em canto algum. Mais um que vai sobreviver na minha memória e do seu autor…
Só que para cada um desses bons jogos comédias havia dúzias de outros projetos horríveis. Alguns eu ainda me lembro por nome como A Revista de Jacinto e Playboyzinho da Barra. É difícil determinar a data exata de quando esses jogos surgiram porque boa parte das informações já se perderam. Entretanto dá para assegurar que são todos pós-Gustavo’s Adventure e você percebe nitidamente a influência dele nesses jogos. No caso dO Vagabundo não tem nem espaço para dúvidas já que ele faz referências diretas ao Velho Fimose e Rygar e os Soldados do Rei. A maioria replicava o mesmo humor “boca-suja” que Gustavo’s Adventure trouxe.
*sigh*
Hora de me autoexpor!
Também sou culpado de contribuir com essa cultura dos jogos ruins de comédia no RPG Maker. Na pré-adolescência eu tentei fazer um Leandro’s Adventure. Caso não saibam: olá, Leandro! Porém eu tive a decência de não divulgar esse jogo em nenhum fórum e matei o projeto logo no começo. Meu Deus, era vergonhoso. Uma das minhas “piadas” que infelizmente meu cérebro não me deixa esquecer é quando personagem interage com um NPC atrás de uma moita e descobre que ele estava se masturbando. Por quê? Ora, porque “haha punheteiro haha”!
Pois então, como eu já falei, o principal problema desse tipo de jogos era a falta de construção na comédia. Sem setups, só punchlines. E por punchlines vocês entendam como o personagem xingando alguém gratuitamente ou qualquer coisa envolvendo sexo. Os diálogos só não eram piores que os mapas, pois os autores achavam que seria engraçado apenas o personagem falando qualquer besteira aleatória e/ou ofensiva. A imaturidade do texto deixaria até o besteirol americano mais tosco com vergonha alheia.
Enfim chegamos ao o xis da questão. Mais do que ofensivos – ou problemáticos que é a palavra da moda – esses jogos eram absurdamente imaturos. Quem escolhia fazer um jogo de comédia, apesar das exceções, eram os makers mais novos ali por volta dos seus dez ou doze anos. Então aí você une imaturidade com falta de experiência e tem uma receita para o desaste. Muitas das “piadas” de O Vagabundo são claramente apenas ofensas homofóbicas e machistas que reproduziam todo o preconceito daquela período. E como o autor era um garoto – e com toda certeza quem fez esse jogo foi um garoto – achava super engraçadão falar essas coisas. Mas não por ser uma pessoa preconceituosa e sim por ser jovem e idiota como todos nós já fomos. E uns ainda são…
Não estou condenando o rapaz, que hoje em dia deve ter mais ou menos a minha idade. Até porque eu repliquei esse mesmo tipo de humor quando eu tentei fazer o meu Leandro’s Adventure (argh, porque meu cérebro mantém essa memória?). Naquela época eu estava entre meus onze e treze anos e não tinha a menor competência para escrever qualquer coisa. Quiçá uma comédia! Então tudo que eu fazia era copiar as besteiras que os outros falavam e me faziam rir, afinal eu era pré-adolescente bobão querendo me enturmar. Eu achava que aquilo configurava como o pico da comédia porque via mais gente falando essas coisas e ainda me faltava maturidade pare entender o que eu estava fazendo.
Infelizmente isso abria espaço para reproduzir muito preconceito numa época que eu éramos altamente influenciados por nosso meio e sensibilidades sociais eram questões muito afastadas da mídia e a sociedade como um todo. Mas com um tempo conseguimos superar isso. Bom, pelo menos parte nós conseguiu. Entretanto essas memórias continuam lá para nos assombrar.
ENTÃO QUAL É O PONTO DESSE TEXTO?
Pois bem, eu não escrevi esse artigo só para falar mal de O Vagabundo. Evidentemente é um jogo ruim que envelheceu pior ainda. É muito difícil, diria até impossível, de encarar as “piadas” do jogo como piadas. São ofensas gratuitas que só funcionariam com uma criança que acha muito engraçado falar palavrão.
Mas nem por isso vou declarar uma cruzada contra o seu autor para que ele pague pelos seus crimes contra o humor e a humanidade. Era só um guri fascinado com a ideia de poder fazer um joguinho, tentando ser engraçaralho e falhando miseravelmente. Por mais babacas que as falas de O Vagabundo são – e olha que dava para fazer uma galeria gigante com elas – quem sou eu pra condenar um moleque imaturo por agir feito um moleque imaturo? Sendo que naquela época eu olhava essas besteiras e também achava engraçado. Tal como os jovens de hoje fazendo cosplay de Léo Lins e achando que encontraram o verdadeiro humor, como se existisse apenas um.
Também não vim aqui definir o que é e o que não é comédia. Até porque O Vagubundo, por mais sem graça que seja, ainda é um tentativa de comédia. Tão pouco vou abrir uma discussão sobre os limites do humor, sobre o que e mais ainda sobre quem se deve ou não fazer piada. Afinal, já tem bastante gente sem graça no Twitter falando sobre isso, vocês não precisam que mais uma se juntando a discussão. Tal como meu texto de segunda-feira, eu só quis por mais um registro da história do RPG Maker na internet. Mesmo que não seja um dos melhores.
Não acho que devemos esquecer de O Vagabundo e fingir que esse episódio não faz parte da cultura do RPG Maker no Brasil. Por pior e mais vergonhoso que o passado possa ser, eu acho importante lembramos dele e preservar essas memórias ainda que sejam tão problemáticas. Não tem motivo para evitar falar sobre isso, basta termos uma visão crítica sobre o assunto e entender O Vagabundo como um produto do seu tempo. Acho fundamental desenterrar esses esqueletos do quintal, pois são necessários para a evolução de qualquer mídia e conhecimento da sua história.
Como dizem, é errando que se aprende. E quando você é muito jovem e com acesso a internet aí que você erra bastante!
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“Mas nem por isso vou declarar uma cruzada contra o seu autor para que ele pague pelos seus crimes contra o humor e a humanidade. Era só um guri fascinado com a ideia de poder fazer um joguinho, tentando ser engraçaralho e falhando miseravelmente. Por mais babacas que as falas de O Vagabundo são – e olha que dava para fazer uma galeria gigante com elas – quem sou eu pra condenar um moleque imaturo por agir feito um moleque imaturo? Sendo que naquela época eu olhava essas besteiras e também achava. Tal como os jovens de hoje fazendo cosplay de Léo Lins e achando que encontraram o verdadeiro humor, como se existisse apenas um.” trecho do autor Belmonteiro
Como sempre texto impecável, você não é jornalista?
Hoje… Vejo todo tipo de arte válida, menos quando é para enganar pessoas, por exemplo, um jogo, filme, série em que possui classificação livre e joga conteúdo adulto e vice versa. Um sobrinho de 12 anos, desenvolveu no RPG Maker MZ um joguinho de Quiz com o RTP do MZ e foi maltratado só por isso. Os críticos não jogaram e disseram: “Jogos de RPG são para crianças e “boiolas”. Infelizmente confundem gosto – preconceitos com analises e criticas. Não curto muito jogos de comédia, mas jamais farei criticas sem analisar o mesmo. Enfim, excelente artigo!
É que botaram na minha cabeça que se eu fizesse engenharia eu ia ganhar dinheiro… Nunca mais sigo conselho dos outros!!! Hahaha, mas falando sério, tenho até interesse de um dia colaborar com algum desses veículos gamers jornalísticos em alguma coluna se um dia me derem chances.
Algo que eu percebo no gamer médio pagando de crítico e que existe uma necessidade infantil de mostrar que “sabe do que tá falando”. Então eles medem todos os jogos com a mesma régua, fazendo uma análise rigorosa porque acham que a crítica não se adapta ao objeto de estudo.
Tal com eu falei em “Saint Seiya RPG: Asgard Chapter e porque contexto importa”, é necessário levar em consideração quem fez, em que época e com qual proposta e tentar analisar o jogo sob aqueles parâmetros. Mas não, pessoal quer tratar um simples jogo de um guri experimentando uma ferramenta como se fosse um AAA da Naughty Dog